Juca Aleixo retorna mais uma vez com sua pena de ganso para tratar dos acordos e acórdãos da política baiana.
Candidatura da discórdia
A candidatura do vice de Camaçari a vereador não estava no ‘acordo’ da base para solução do impasse da candidatura a prefeito. A solução foi pragmática, já que, ao vice, só tinha três opção: ser candidato a prefeito, a vereador ou aguardar o incerto em 2026 para tentar uma cadeira na ALBA, que tem como o interessado o próprio prefeito. O acordo deixou os vereadores da base chateados, já que de posse da máquina e sem Flávio na jogada, Tude pode ser o mais votado, roubando voto de vários dos atuais parlamentares da Câmara Municipal de Camaçari. A turma promete cobrar do prefeito uma compensação, e não está afastada a possibilidade de um ou outro que está no azul avermelhar na eleição.
Foto da discórdia
A foto de Teobando sorrindo ao lado de Jerônimo em menos de uma semana após a foto da ‘união’ da Oposição deixou irritados membros e correlegionários da Oposição. A avaliação é de que o CEO do Atakarejo até que poderia ter postado uma foto institucional, o problema foi que se tratava de uma selfie com todos sorrindo. Para piorar, após o fato virar notícia, ele apagou e repostou, passando o recibo da imagem. A situação reforça o discurso interno de que ele pensa muito como empresário e muito pouco como político.
Chapa dos Sonhos
E por falar em Lauro, já se comenta que a chapa do sonho da Oposição teria a Débora Régis na cabeça e Teobaldo na vice, o modelo Leonino. Há quem garanta que um eventual recuo de Teobaldo passaria pela garantia de apoio para busca de uma cadeira na Câmara dos Deputados, em 2026. O problema é que no caminho ainda pode ter uma decisão do TSE, e aí muda tudo.
Recado
O recado de Prates sobre Lauro de Freitas foi direto para vereadora Débora Régis. Segundo alguns, foi motivado pela postura da parlamentar, de achar que o PDT se resume a Félix Mendonça e seu grupo, o deixou o parlamentar de ACM Neto, que teve boa votação na cidade, indignado. Pedetistas de Lauro avaliam que o movimento dela, sob influência, de tentar isolar alguém que ao cabo pode ser um elemento importante para sua candidatura e campanha, é um erro.
Movimentação
Desde a decisão de Nunes Marques que interlocutores garantem que Moema Gramacho deu início a uma cruzada em Brasília para que as coisas voltem a ficar como antes. Há quem garanta que o custo salgado da operação, na casa dos milhões, é mais segura do que deixar a situação correr e a moça for pra urna. Há quem garanta que a possibilidade de candidatura da vereador ou não decidirá a composição da chapa à sucessão. Há quem aponte que se o cenário for tranquilo, vai o secretário, se tiver risco, o vice.
Pagamento antecipado?
Corre nos bastidores que a entrega do lotão de terrenos em áreas valorizadas da cidade para subir os arranha-céus e empreendimentos é um pagamento antecipado do apoio da turma da construção para reeleição de Reis. A ideia é entregar o presente antes do Natal, para turma poder celebrar o Ano Novo de forma antecipada.
Atraso
E dizem que o Super S e a turma das edificações anda meio chateada com o Governo. O não cumprimento do acordo da eleição de 2022, que previa entregas que vão desde espaços no setor energético do Estado a terrenos públicos já em processo de desestatização, deixou os construtores chateados. Mas há quem garanta que Jerô, ciente da situação, já começou a dar sinalizações de que está disposto a resolver os problemas. Os endinheirados culpam o PT por toda situação.
Racha
Em Luís Eduardo Magalhães, o racha do prefeito com seu tio poderá ter reflexo nas eleições. A crise primeiro alcançou os empreendimentos que ambos estavam associados. A avaliação é de que, ao perder o apoio do empresário tradicional, Marabá passa uma mensagem ruim ao empresariado, em um momento onde o candidato de Oposição tem reunido frequentemente com os responsáveis pela economia local, abrindo portas em Brasília e mostrando que quem estiver com ele será bem contemplado no aumento de receita e na redução de despesas.
Sem paciência
E na reunião com os prefeitos para tratar da seca, Jerô deu uma bronca daquelas no Casa Civil. Querendo mostrar trabalho logo aos prefeitos, o governador se irritou após secretário citar “segunda-feira” como data para reunião em meio ao evento de sexta. Sem paciência, Jerô falou grosso para êxtase dos prefeitos presentes: “Segunda não, Afonso, hoje! Hoje e às 14h!”.
Para decidir
E por falar em Jerônimo, ele já comunicou que a reunião prevista para o próximo domingo será para resolução. Ele está incomodado com a fama de que faz reunião para marcar reunião e pretende sair do encontro com presidentes de partidos com o martelo batido para muitas cidade e se possível, Salvador. A avaliação-geral é de que se a candidatura em Salvador já tinha chances reduzidas de vitória, com a demora, está beirando a zero. Há quem garanta que o veto do Correria para disputa em Salvador também seria pelo tempo reduzido para trabalhar.
Apelo
E o Líder, ciente da reunião de amanhã, resolveu fazer uma marketing agressivo de véspera visando viabilizar sua indicação para disputa em Salvador. No TBT fora de época, o líder marcou o Correria e o Galego e confeitou com tudo que eles gostam, a conversa fiada da vitória dos sindicalistas para cima da Oligarquia etc. O líder sabe melhor que ninguém que o marketing é a alma do negócio:
Se cuida Zé
A foto do líder com um microfone do canal da Esquerda na mão levantou rumores de que, após experiência no rádio, o político poderá qualquer dia desse desembarcar na TV. Desde que defendeu o MST e sua invasões que o líder ganhou ponto com a militância vermelha, apesar de membros das forças ocultas apontarem que o apoio do líder ao MST foi igual ao de João Roma a ACM Neto no 2º turno; há quem garanta que existiu, mas a maioria sabe que não rolou.
Rega-bofe
O Rega-bofe de Jerô com os deputados deverá acontecer na próxima segunda-feira, após o luto pela morte do ex-deputado do PT. A expectativa é de que parlamentares de todas as colorações partidárias passem por lá. A turma sabe que em véspera eleitoral e do natal o presente poderá vir através do apoio, mesmo que velado, a uma candidatura, ou ao menos a promessa de que em determinado município, deixará o pau comer, sem tratorar com a máquina, como gostava de fazer o Correria.