Com o fim de ano se aproximando, Juca Aleixo retorna em clima de renovação para narrar que na Bahia a união faz a força ou à força mesmo.
O Coringa
O movimento para aprovação da PEC que acaba com o limite para reeleição, vendido como instrumento para beneficiar o atual presidente, esconde articulações para eleger um novo, via vacância. Um deputado Coringa, que teve um crescimento meteórico nos últimos anos dadas relações políticas e econômicas, articula forças para ser o 1º vice-presidente da chapa, para, a partir daí, realizar o movimento pra fazer o atual presidente, que caminha para ser o futuro, conselheiro do TCM ou do TCE, para que possa enfim realizar o sonho de assumir o Legislativo, deixando deputados mais velhos que acham que têm direito ao posto a ver navios.
Estratagema
O atual presidente espera antes de ser alocado em um tribunal realizar um movimento para manter seus tentáculos na política. O primeiro passo passa pela eleição da mulher em Campo Formoso. Para isso, há quem garanta que o parlamentar do PSD já reservou recursos e cargos para o ano eleitoral, de modo a vencer o ‘arquivo morto’ da Codevasf guardado pelo federal para reeleger o irmão. O segundo passo passa pela eleição da irmã para seu lugar na ALBA, mantendo um representante dos Menezes no Legislativo Baiano. Há quem acredite que o deputado que tanto critica Brasília também poderá estar lá entre os 513, e quem sabe até em um voo mais alto, chegando à Câmara Alta.
Reação
Os deputados de Campo Formoso não assinaram a PEC da Reeleição, apesar da relutância de um, que, segundo informações da cidade das esmeraldas, explicou ao líder de Brasília que a guerra já foi vencida e que, ao chegar por último, os seus aliados não terão mais lugar na janela, para defender que todos assinem a PEC. O líder, sabiamente, espera trocar o custo da reeleição pela recondução do irmão na prefeitura, uma equação que, ao que parece, não será fácil de encaixar, já que o atual presidente conta com dois e até três votos como fora da sua soma, acreditando que o restante dos Elmaristas poderão conquistas por cá sem desfazer laços por lá.
Presente de Natal
Há quem garanta que a PEC da Reeleição deverá ser votada ainda em 2023. A pressa é para evitar a sangria que o texto poderá ocasionar, tanto na imprensa como na opinião pública, já que o fim da reeleição não completou nem 10 anos. Há dúvidas também sobre quem protocolará o presente de Natal, o que deve ser feito neste final de semana ainda, se o ex-presidente que foi barrada pela emenda ou o deputado que fez a coleta de assinatura em meio à votação do aumento do ICMS; atitude inclusive irritou tanto o líder do Governo que tem gente que garante que se não fosse a turma do ‘deixa disso’ ele teria rasgado o papel e ido pras vias de fato.
CLTização
E por falar na ALBA, a Casa se prepara para um processo de CLTização que deve alcançar todos os redas. A medida, que se arrasta por anos e que forçou até a contratação dos concursados, ao passo que dará mais direito aos trabalhadores, irá fortalecer os cargos como moeda de troca. Ao contrário dos redas, que tinha custo baixo e ligação empregatícia frágil, os trabalhadores passarão a terem direitos e o custo da Casa com eles tende a subir, principalmente com os cargos acima de R$ 10 mil.
Alerta
E por falar em TCM, a notícia de que o secretário de Infraestrutura estaria de olho na próxima vaga deixou os postulantes ao cargo de cabelo em pé. Com o orçamento da pasta e sua capilaridade, há quem garanta que o gestor venceria qualquer um na disputa.
Atenção
Tem chamado atenção o modo como a comissão responsável pelas licitações na capital tem atuado. As constantes desclassificações dos primeiros lugares ao lado de requisitos que levantam dúvidas sobre direcionamentos já estão sendo catalogados e podem endossar ações que já foram protocolados nos órgãos de controles por empresários e fornecedores. Há também uma recorrência em vitória de determinadas empresas e aditivos, que alguns garantem escancarar influências externas permanentes nas licitações.
Articulação
O presidente do TJBA mostrou força ao garantir a eleição da sua candidata. Corria nos bastidores que a fama de linha dura da juíza e seu perfil lavajatista poderia causar uma reviravolta, mas a articulação ampla feita de Castelo Branco, com o dedo do governo, para abrigar forças antigas e emergentes, foi determinante para o sucesso da operação, que culminou com a primeira mulher eleita no pós-faroeste.
TRE
Os olhares passam agora para o TRE, que terá votação para dois membros titulares e um provisório nos próximos meses. Por lá o cenário também não é favorável para quem foi contra o governo na Eleição. Há quem garanta que Lula só escolherá os juristas ligados ao 13 ou aliados.
Trampolim parte A
Quer seja escolhido Geraldo Júnior ou Robinson Almeida, a avaliação interna é de que ambos acabará utilizando a disputa em 2024 como trampolim eleitoral para 2026. Ocorre que ambos terão dificuldades caso continuem em seus respectivos partidos. No PT, Robinson dependerá da eleição de Zé Neto em Feira para voltar para Brasília, já Geraldo terá que trabalhar e rezar para o MDB crescer muito na eleição de 2024, já que os sinais estão claro de que um Viera Lima voltará ao páreo para retornar a Brasília, em 2026.
Trampolim parte B
Em Lauro de Freitas, a narrativa de trampolim também tem sido hegemônica entre os analistas e participantes do grupo de Oposição. João Leão, que pegou mandato do filho em 2022, seria candidato para reativar à memória afetiva dos moradores de Lauro com relação aos benefícios de sua gestão na década de 90, ao lado de suas novas ações com as emendas do mandato atual. A candidatura serviria também para o filho, já que, caso Leão não vença, terá mobilizado uma base importante que deve retribuir, em 2026, com votos para Leãozinho voltar à Câmara. Teobaldo também é outro que espera ser deputado federal caso não seja eleito prefeito de Lauro. A sua ida para o sacrifício em 2020 foi sob acordo com ACM Neto que, em 2024, tenderá para seu lado e, caso não o faça, terá o compromisso de devolver em suporte para sua candidatura a deputado federal o recurso aplicado tanto em 2020, como em 2022.
Resolução
Parece que a solução do imbróglio em Vitória da Conquista será feita através da indicação do ex-prefeito e atual deputado estadual do partido para uma secretaria, permitindo a Lúcia Rocha, primeira suplente, experimentar o prazer de ser chamada deputada. A amarração também teria a garantia de que ela, indo para ALBA e vice, deixaria a filha como candidato ao legislativo municipal para continuar o legado do mandato ‘Irmã Dulce’.
Operadores
A bem abastada burguesia baiana decidiu fazer da política parte do seu negócio. Grupos de diversos segmentos tem se unido para apresentar candidaturas de nomes deles, cooptando lideranças com votos para entrarem com a logística. A turma Grã-fina tem tido o estímulo do ex-prefeito, no aflorar do seu lado empresarial, que antes restrito à comunicação, hoje alcança de empreendimentos imobiliários até do ramo de alimentação. A organização da nova geração explica porque os vereadores mais antigos estão em banho-maria, esperando o ano que vem para sair do atual estado para o estado de a ver navios. Muitos prometem endossar fileiras contrárias ao terem certeza que estão fora do baralho.
Férias?
Corre especulações nos corredores do poder de Candeias que o prefeito, no afã de arrumar a mala e partir para ‘zoropa’, esqueceu de comunicar ao Legislativo. Há quem garanta que só é necessário pedir autorização para 30 dias, mas há quem interprete que com os 15 dias já é obrigatório. Pela cara de alegria do rapaz por lá, ele não deve estar se preocupando muito com eventual ‘esquecimento’ não.
Paquera
Há quem garanta que o prefeito está em paquera com o governo Jerônimo, ensaiando formas de se aproximar e garantir uma eleição tranquila para o sucessor e, ao mesmo tempo, ajeitando a vida da esposa. Para operação, Pitágoras teria que abrir mão da acordos firmados para apoio em cidades vizinhas ao município de Candeias, cuja eleição tem dito que irá acompanhar de perto e com uma mão amiga. O governo estaria disposto a frear o PT na cidade e tornar a mulher deputada, avocando um deputado estadual do PP para uma pasta. Ocorre que a mulher não vê com bons olhos o movimento e acha mais seguro ser vice em São Francisco do Conde, para não depender da volatilidade da suplência. Há quem garanta que em tempos de alinhamento vertical, é melhor o prefeito ser amigo do governo, já que a última experiência de ser acordados com viatura na porta deixou toda família traumatizada.