Denúncia realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de três indivíduos flagrados em um veículo pela Polícia Federal na cidade de Chuí, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, que carregavam consigo uma pistola Glock 9mm, munição e cerca de R$ 2.2 mil.
Os três denunciados, que já se encontram detidos no Presídio Regional de Pelotas, foram condenados por tráfico internacional de arma e falsa identidade.
De acordo com a denúncia do MPF, foi encontrado, no veículo, um manuscrito com anotações contendo relação de ocupantes de funções típicas de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e orientações de como acessar compartimentos secretos de automóveis, onde geralmente são carregadas drogas e armas ilícitas.
O MPF também relatou à Justiça que dois dos três flagrados possuem tatuagens de símbolos reconhecidamente utilizados por integrantes de facções criminosas, tendo sido, ambos, identificados como integrantes do PCC pela Polícia Federal – um deles foi identificado como sendo um dos dirigentes da facção no estado do Paraná.
A investigação apurou que o grupo foi preso quando retornava de uma temporada no Uruguai onde, além de adquirir a arma roubada da polícia uruguaia e apreendida pelas autoridades em território brasileiro, teriam praticado ao menos quatro assaltos a residências. Esta foi a segunda arma roubada da polícia uruguaia e apreendida na fronteira do Chuí recentemente.
O MPF também apurou indícios de que o trio encontrava-se em território uruguaio com o objetivo de levantar capital financeiro em favor do PCC a partir da prática de crimes contra o patrimônio.
Um dos réus foi condenado a pena superior a dez anos de reclusão. A denúncia criminal pode ser acompanhada na Justiça Federal do RS a partir do protocolo Nº 5004310-51.2020.4.04.7101.
Fonte: Ministério Público Federal