Membros de diversos ramos do Ministério Público se reuniram na frente da sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul, no início da tarde desta quarta-feira (13), em Porto Alegre (RS). O ato foi um dos muitos ocorridos pelo Brasil contra a Proposta de Emenda à Constituição 5/2021, que propõe modificações na estrutura do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e de conselhos superiores, aumentando a influência legislativa sobre o MP brasileiro.
Em sua fala de abertura, o procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Lemos Dornelles (foto abaixo), classificou a PEC como “o pior ataque” à instituição desde a criação do MP. Afirmou que o texto previsto na proposta fere a independência funcional garantida pela Constituição a procuradores e promotores, além de se basear em um falso discurso de que não existiriam controle e punições a membros do MP pela sua atuação. “A democracia e a sociedade não serão livres sem um MP forte”, destacou.
Representando o Ministério Público Federal, a procuradora-chefe substituta da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, Ana Luisa Chiodelli von Mengden (no destaque e abaixo), disse que a intenção da PEC é controlar e que a independência do MP é um pilar fundamental na atuação contra organizações criminosas em diversas áreas cíveis ou criminais, como combate à corrupção, meio ambiente, consumidor e ordem econômica, populações indígenas e comunidades tradicionais, entre outras. “O que querem é colocar um corregedor indicado pela política, nos colocar de joelhos e nos impedir de atuar com nossa força e independência. Querem nos colocar no cabresto”, concluiu.
Fonte: Ministério Público Federal