Supremo tenta intimar Bolsonaro no caso de suposto plano golpista
Oficiais de Justiça ainda tentam localizar cinco dos oito réus do Núcleo 1 de um suposto plano para dar um golpe de estado depois da ação penal ser instaurada no sistema do Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia foi acolhida pela Primeira Turma da Corte tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, são eles: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Eles são acusados de cinco crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.
Todos os acusados precisam ser intimados pessoalmente para que tenham ciência formal da ação e possam apresentar defesa. Só após a citação pessoal começa a contar o prazo de cinco dias para que os réus apresentem defesa prévia e indiquem até oito testemunhas por crime imputado.
De acordo com o STF, foram localizados Mauro Cid, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. As intimações foram cumpridas no final da última semana, entre os dias 11 e 12 de abril, nos endereços vinculados aos investigados.
Bolsonaro ainda não foi intimado. Durante esse período, o ex-presidente estava em Natal (RN), onde acabou sendo hospitalizado após passar mal. Agora, ele está internado na UTI de uma unidade de saúde de Brasília.
Além de Bolsonaro, não foram encontrados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o general Braga Netto, que está preso no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro, desde dezembro do ano passado.
