Da posição do PP na Bahia às divergências no União Brasil, ACM Neto quebra o silêncio
Durante o lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), à Presidência da República, na última sexta-feira (4), o ex-prefeito da capital baiana e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, defendeu a federação entre o seu partido e o Progressistas (PP), mas afirmou que ainda não há nenhuma decisão oficial em andamento e que qualquer avanço dependerá da aprovação de uma convenção nacional.
“Eu, particularmente, enxerguei lá atrás essa necessidade de agregação, quando propus, na época, a fusão com o PSL. Eu acho que esse movimento é inevitável e é bom para a democracia, é bom para a atuação do congresso nacional, é bom para quem governa”, declarou Neto.
De acordo com Neto, a criação de uma federação representa uma alternativa viável para agregar forças políticas e fortalecer o campo da direita e do centro-direita com vistas às eleições de 2026. Nos bastidores, a possível união entre União Brasil e PP já vem sendo discutida por dirigentes das duas siglas como um caminho natural diante do cenário político atual e da necessidade de ampliar a competitividade em futuras disputas eleitorais.
O ex-prefeito de Salvador ainda disse que não pretende antecipar decisões sobre a federação com o PP, visto que nem todos os correligionários, de ambos os partidos, estão de acordo com o firmamento da federação. Segundo Neto, o PP na Bahia está dividido entre os que estão próximos ao governo do Estado, enquanto outras partes estão próximas as forças políticas da oposição. Neto ainda ressaltou cautela.
Apesar de reconhecer a importância da articulação, ACM Neto reforçou que o tema ainda não está em debate dentro da cúpula do União Brasil, já que, no momento, o foco principal é a construção da pré-candidatura de Ronaldo Caiado. Ele frisou que a eventual formação da federação não pode ser conduzida de forma isolada ou paralela ao que está previsto no estatuto do partido. De acordo com o dirigente, “seria impossível avançar sem uma convenção” e nenhuma decisão será tomada sem a devida autorização formal da instância nacional da legenda.
Após ser questionado sobre a posição contrária de Caiado a federação, ACM disse que, para ele, não há conflito entre a consolidação de uma federação partidária e o avanço da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República. Segundo afirmou, ambos os projetos podem caminhar juntos, desde que haja maturidade e alinhamento político entre as duas siglas.
