Oposição dispensa formalidades para votar programa de alfabetização, mas faz alerta: “é preciso fazer uma reflexão sobre a qualidade de ensino na Bahia”
O deputado estadual Tiago Correia (PSDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), assinou o requerimento que dispensou as formalidades regimentais e permitiu a aprovação do programa Bahia Alfabetizada nesta quarta-feira (12), proposto pelo Poder Executivo. Apesar de viabilizar o andamento da matéria, Correia fez ressalvas sobre a política de Educação executada pelos governos do PT na Bahia.
“Os números demonstrados pelos 20 anos de governo petista mostram que as tentativas de alfabetização não deram resultados, já que o Estado segue na liderança do maior número de adultos não alfabetizados do país por muitos anos”, alertou.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.420.947 de baianos com 15 anos ou mais que não sabiam ler nem escrever em 2022, o que configura o maior número de analfabetos do país. Segundo o Censo Demográfico daquele ano, a Bahia está nessa posição há pelo menos 31 anos.
A criação do Bahia Alfabetizada guarda semelhanças com o antigo programa ‘Todos pela Alfabetização (Topa)’, que também previa um plano de alfabetização para jovens e adultos.
“É preciso fazer uma reflexão sobre a qualidade de ensino do nosso estado, pois, além de ter o maior número de analfabetos adultos do país, infelizmente a Bahia também ocupa o posto de segunda pior educação do Brasil, perdendo apenas para o Maranhão”, ressaltou Tiago Correia, em referência ao levantamento do Instituto Semesp taxa de jovens entre 18 a 24 anos do Brasil matriculados no ensino superior.
“Apenas com a melhoria da educação nós iremos conseguir melhorar outros indicadores a exemplo da violência, da taxa de desemprego, da renda per capita, da competitividade do nosso estado, entre outros indicadores sociais”, reforçou o líder da oposição.
