Em tempos de organização do Mar, Juca Aleixo retorna com sua pena de ganso para narrar que ultimamente na Bahia, o mar não está para peixe.
Terra à vista
A entrega da gestão do mar para irmã, para acalmar o cacique do PDT, ainda magoado com a traição que sofreu na cidade vizinha, é um importante gesto do prefeito de Salvador para o partido e para ele. Uma ala da legenda avalia que o ato, quase que heroico, dado os espaços da PMS estarem todos preenchidos, poderá constranger o presidente a manter o partido na base. Outra ala aponta que o PDT escolheu o caminho do ‘lá e cá’, e que o ingresso no Governo da Bahia não só é possível como desejável, nem que seja ao que alguns classificam como ‘ao modo PP’.
Conta gorda
Corre nos bastidores uma “conta de padeiro” de que, ao lado de Jerônimo Rodrigues, o partido teria condição de fazer até quatro deputados Federais, mantendo os dois atuais detentores de mandato. A conta para estadual ainda é mais animadora, com a sigla alcançando cinco deputados estaduais após o abrir das urnas de 2026. Dizem que a conta ao lado de Neto seria mais magra, não por falta de interesse, mas por falta de estrutura. O cenário mais pragmático seria manter o que tem podendo acrescentar mais um em cada cargo.
Bons filhos à Casa tornam
E falando em PDT, dois bons filhos devem retornar ao partido em 2026, caso o mesmo esteja com o PT. Um deles é o deputado de Jequié, que trabalha para Cocá ficar onde estar, o outro é o de Juazeiro, que ainda não sabe se será estadual ou federal.
Desabrigado
Sem chance de subir, ao menos por hora, o primeiro suplente de vereador, o ex-Codecon Zilton vive um dilema. Nos bastidores corre a informação de que ele deseja a Ouvidoria e que rejeita a proposta de voltar para o Codecom. Há quem garanta que o jeito vai ser abrigá-lo em uma superintendência ou uma sub da Semop, ao qual passará para aljava do deputado federal do partido, o mentor de sua candidatura.
Meu pedaço
Vereadores do PSDB estão chateados com a divisão do bolo feita pelos presidentes, após incluir os parças e os do PP na conta. Eles se articulam para cobrar dos dois presidentes, o da Casa e o do Partido, espaços para fazerem sua política, já que corre nos bastidores que o prato de bolo para fora foi melhor do que para dentro.
Motim
E não é só os vereadores que estão chateados não, há rumores de que os suplentes já perderam a paciência e que em breve devem colocar a boca no trambone, pois ao invés de ganharem, perderam espaços. Corre nos bastidores que nem o acordo da ajuda dos vereadores aos bem votados foi cumprido, a turma ficou mesmo foi à ver navios.
Chapéu
A disputa entre os federais do PT pela cadeira no tribunal de contas pode dar um resultado inesperado. Próximo a Lula e com o apoio de Rui, o deputado federal do chapéu deve superar o colega de nome com a mesma inicial, alcançado assim o posto de conselheiro aos 67 ou 68 anos.
Operação coração
Dizem que uma das metas do governador, agora que começou o ano de 2025 na Bahia, é de fazer a irmã federal. O movimento requer que antes dela, duas companheiras ocupem a cadeira de forma provisória, para que a vereadora combativa de Salvador possa ir à reeleição já com o status de federal. O que tem de suplentes do PT torcendo pelo sucesso da Operação Coração não está no gibi.
Pragmatismo
A fala do governador em uma rádio no último final de semana repercutiu no meio político como uma guinada pragmática. Ao apontar que a pesquisa ditará o processo de escolha para disputa ao Senado e que poderá repetir a chapa de 2026, Jerônimo retirou a estrela do peito, como costumava dizer na avaliação de oráculos azuis e vermelhos da política baiana.
Federal
E falando na rainha do mar, chega informação de que a mesma poderá ser federal e não mais estadual como se andavam comentando. Os que trazem a informação apontam como prova o recuo do presidente da Câmara Municipal de Salvador nas conversas sobre sua candidatura a federal, que tratava com muita animação segundo importantes oráculos da política baiana. O ato já tem sido interpretado como um gesto ao arrendatário da Bahia de Todos os Santos. Como contrapartida, o presidente terá um apoio importante do Mecena da política baiana para colocar o seu DNA no Legislativo Estadual.
Força
E falando em Legislativo Estadual, corre nos bastidores que outro nome de Salvador deve chegar com força em 2026. Conhecido como hábil político, o rapaz está trabalhando duro, quebrando pedras para pavimentar seu caminho.
Líder em Brasília
Dizem que com a possibilidade alta de ser convidado a deixar a vice, o Líder deve mesmo ser amparado pelo dono do grupo. Ele poderá ser o terceiro federal do MDB a ser eleito, em 2026, para alegria dos gordinhos e do MDB Nacional. Apesar de não ser prioridade na sigla, o Líder contará com o apoio do Galego, que assumiu a culpa pela humilhação ocorrida em Salvador, em 2024. Com o empurrãozinho do Galego, já tem gente que brinca dizendo que o Líder terá que arrumar um estúdio em Brasília para seguir com o ao vivo, às 12h, de terça à quinta.
CDF
Dizem que como resposta à ofensiva sobre os prefeitos que lhe apoiaram, o ex-prefeito de Salvador resolveu contra atacar da sua melhor forma, encomendado pesquisas. A manutenção da situação cômoda de ar-condicionado tem feito muita gente jogar a toalha, mas tem uns remanescentes fiéis que acreditam que o cara vai dar uma de CDF e ganhar a eleição na base da estratégia de tabuleiro e de cálculo.
Sombra?
Como na política baiana escatologia é assunto corriqueiro, já tem gente fazendo projeções em caso de uma nova derrota de ACM Neto nas urnas. A tese mais forte é a de que ele retornaria para ser candidato a prefeito de Salvador, o que por óbvio não vai cair bem para quem espera que ele siga sendo a voz da Oposição até a eleição chave para o grupo, que muitos apontam ser a de 2030.
Vice?
E como se não bastasse cravar Neto como candidato a prefeito na sucessão de Bruno Reis, já tem gente colocando o federal do PDT como vice. A chapa poderá ser conhecida como a dos irmãos.
Amparo
Netista de primeira hora, o agora ex-prefeito de Xique-Xique é dado como certo na em um cargo na PMS ou no União Brasil. Ele deve se juntar os combatentes fiéis de 2022, e que se manteram fiéis em 2024, que foram abrigados após o pleito.