O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), fez duras críticas ao andamento do projeto da Ponte Salvador-Itaparica, levantando dúvidas sobre sua viabilidade e apontando irregularidades no pedido de aditivo contratual antes mesmo do início das obras.
As declarações foram dadas durante a entrega, nesta quinta-feira (30), dos novos ônibus com ar-condicionados para a frota de transporte público da capital baiana. Na oportunidae, o gestor municipal expressou preocupação com a condução do empreendimento.
Segundo Bruno Reis, a viabilidade do projeto ainda não foi confirmada, uma vez que a sondagem, que começou no final do ano passado, ainda não foi concluída. “Pode ser que a sondagem diga, e eu não quero falar isso aqui para vocês, eu não sou contra, não sou forças ocultas, não sou vidente. Mas só depois da sondagem é que vai dizer se o projeto é viável ou não”, afirmou.
O prefeito criticou o fato de que, mesmo sem a finalização da sondagem, já se discute um pedido ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para autorizar um aditivo contratual. “Eles já estão pedindo para o TCE, de forma excepcional, autorizar um aditivo de obra, que é de, no máximo, 25% para 50%. Gente, não tem como isso dar certo”, alertou.
Bruno Reis explicou que, em obras públicas, é comum que contratos sejam aditivados, mas ressaltou que isso ocorre normalmente após o início da execução, quando imprevistos podem surgir. O prefeito também apontou que o aumento do custo do projeto pode inviabilizar a sua realização.
“Geralmente, você só aditiva um contrato quando a obra começa, que aí tem problema. Essa sondagem que foi feita, na hora da execução, a profundidade era maior do pilar. Surge problemas diversos, você vai lá e aditiva o contrato. Bom, a obra nem começou. Aliás, a sondagem nem foi concluída”, enfatizou.