Nesta quinta-feira (2), o presidente reeleito da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), comentou sobre o pedido da vereadora Eliete Paraguaçu (PSOL), que solicitou um carro blindado alegando sofrer ameaças de morte por sua militância na Baía de Todos os Santos.
Muniz justificou a decisão destacando as limitações contratuais e a necessidade de acionar outras instâncias para garantir a proteção da parlamentar. Ele revelou que até ele anda com carro sem blindagem, apesar de garantia legal.
“Eu já expliquei à vereadora. Ela pode transformar isso em queixa-crime e, após essa queixa-crime, eu irei conversar com o governador, irei conversar com quem realmente pode dar a segurança à vereadora e pode ter certeza que a Câmara exigirá que ela possa andar até com segurança. Mas eu não posso fazer algo que não esteja nem no contrato da Câmara”, afirmou.
O presidente também esclareceu que não há previsão de carros blindados no contrato firmado pela Câmara com a empresa responsável pelo fornecimento dos veículos.
“Eu não tenho carro blindado no contrato da gama. Como é que eu vou chegar e vou dizer à vereadora que fez esse pedido que eu vou conseguir o carro blindado para ela? Quando nós fizemos a licitação, foi chamada a atenção que o carro do presidente precisaria ser blindado e eu disse não. Então eu não exigi isso nem para mim e não posso fazer a exigência dessa sentença no contrato da empresa que ganhou”, explicou Muniz.
Ele reiterou que a segurança de Eliete Paraguaçu e de outros vereadores é uma prioridade, mas ressaltou que isso deve ser viabilizado por outros meios. “Se algo acontecer nesse sentido, o que nós temos que fazer é dar segurança à vereadora. Ou a qualquer vereador que se sinta ameaçado”, ressaltou o presidente da Câmara.