O prefeito Bruno Reis cobrou, na noite desta sexta-feira (27), que o governo do Estado adore providências após a nova denúncia do caso que aponta para um trabalho análogo à escravidão na construção da fábrica da BYD em Camaçari que foi tornado público em dezembro de 2024.
“Pela legislação brasileira é inadmissível que isso possa ocorrer, então a gente espera que o governo e a BYD tomem as providências e apurem as responsabilidades de quem porventura tenha cometido as irregularidades”, disse o prefeito.
“Cabe a ele [governador Jerônimo Rodrigues] apurar, se manifestar e tomar as providências. Afinal de contas, esta é uma parceria que o Estado está participando e o Estado tem obrigação de exigir o cumprimento das leis”, emendou em entrevista coletiva concedida durante a abertura do Festival da Virada de Salvador.
Em dezembro deste , uma força-tarefa composta por órgãos federais do Brasil resgatou 163 trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão na construção da fábrica da BYD, em Camaçari, cidade da região Metropolitana de Salvador.
Os trabalhadores, empregados pela empresa terceirizada Jinjiang Group, enfrentavam condições degradantes nos alojamentos, incluindo superlotação, falta de colchões, higiene precária e número insuficiente de banheiros. Além disso, havia restrições à liberdade, como retenção de passaportes e jornadas exaustivas de trabalho.
As autoridades interditaram os alojamentos e partes do canteiro de obras, enquanto a BYD afirmou ter rescindido o contrato com a Jinjiang Group e estar cooperando com as investigações.