O vereador de Salvador, Kiki Bispo (União Brasil), negou qualquer envolvimento com os fatos relacionados à Operação Overclean, cuja segunda fase foi deflagrada nesta segunda-feira (23). Em nota enviada à imprensa, o parlamentar destacou sua trajetória de 20 anos de vida pública, pautada pela legalidade, e afirmou que acredita na prevalência da verdade e da justiça.
“O vereador Kiki Bispo declarou que não tem qualquer ligação com as irregularidades apuradas na Operação Overclean. Ele esclareceu que não é alvo das investigações, não está envolvido em atos ilícitos e não há nenhuma medida cautelar contra ele. Advogado, o parlamentar ressaltou sua conduta ética ao longo de duas décadas de atuação pública e reafirmou sua confiança na justiça”, afirmou.
De acordo com informações do portal Metrópoles, o nome de Kiki Bispo aparece em planilhas e registros suspeitos de contabilidade de propina, conectando-o à operação que investiga irregularidades em contratos públicos.
Em 2019, o vereador entregou a medalha de cidadã soteropolitana à desembargadora Daniele Maranhão Costa, que recentemente concedeu habeas corpus ao empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”. Moura é apontado pela Polícia Federal como peça central do esquema de corrupção investigado na Operação Overclean. Ele teria articulado conexões entre líderes da organização criminosa e políticos influentes, permitindo o desvio de recursos públicos.
Preso no dia 10 de dezembro durante a fase ostensiva da operação, Moura foi solto no dia 19 de dezembro por decisão da desembargadora Daniele Maranhão Costa, que tem vínculos com o vereador Kiki Bispo. O empresário, membro do União Brasil, possui relações estreitas com políticos de destaque, reforçando as suspeitas sobre sua atuação em esquemas fraudulentos.