A candidata a vereadora da cidade de Serrinha na eleição deste ano, Alissandra Matos (PT), quebrou o silêncio após ser vítima do vazamento de vídeos íntimos no período eleitoral, com o objetivo de atacar sua honra e de fazê-la desistir da candidatura.
Ao OFF News, após participar de uma reunião promovida pela deputada Fabíola Mansur e ser acolhida pela procuradoria da mulher da ALBA, a candidata cobrou justiça e apontou a importância do debate sobre a violência política de gênero.
“É importante falar sobre a violência política de gênero, sobre a forma que nós mulheres somos tratadas nessas eleições e esse ato hoje foi feito para que daqui a quatro anos nós podemos ter mais segurança e eu quero dizer que a luta não vai parar, só tá começando e eu estou aqui hoje para falar que eu estou em prol de mulheres que foram silenciadas. Eu não vou me silenciar e que a luta vai continuar. Vou lutar por outras mulheres que passaram por essa situação também”, apontou a gestores.
“O processo ainda está em investigação, não temos ainda como acusar porque é uma investigação sigilosa, está tudo em sigilo, ainda não posso estar falando muita coisa sobre o processo, até porque vai acabar atrapalhando as investigações, mas eu quero informar que a Polícia Civil, a delegada Heloisa Brito, se dispôs a estar ajudando a encontrar as pessoas que fizeram esse ato comigo. Que foi um crime cibernético, foi um crime eleitoral, fizeram para que eu parasse a minha campanha”, emendou a gestora.
O caso aconteceu em agosto desse ano. O episódio pode ser enquadrado na Lei LEI Nº 12.737, batizada de Carolina Dieckmann. A pena varia de três meses a um ano de detenção.