O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi condenado, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), por abuso de poder político nas eleições municipais de 2020 — determinando sua inelegibilidade por oito anos. O gestor já havia demonstrado interesse em lançar sua candidatura à presidência em 2026.
Caiado foi acusado de usar o Palácio das Esmeraldas para promover eventos de campanha para seu candidato à prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). A juíza Maria Umbelina Zorzetti também determinou a cassação de Mabel e sua vice, Coronel Cláudia (Avante).
A decisão, baseada em jantares realizados entre 7 e 9 de outubro, após o primeiro turno, aponta que os eventos tiveram cunho eleitoral, com uso de recursos públicos, incluindo materiais do governo, alimentos, bebidas e servidores para a organização.
Caiado e Mabel negam irregularidades, alegando que os encontros foram reuniões institucionais. O processo ainda cabe recurso, mas o prefeito eleito pode tomar posse normalmente.
O caso foi motivado por uma ação de Fred Rodrigues (PL), que contestou a legitimidade da eleição de Mabel e Cláudia, alegando desequilíbrio na disputa. Caiado e Mabel ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.