Em uma celebração à cultura e resistência afro-brasileira, a deputada estadual Ludmilla Fiscina (PV) elogiou o lançamento do programa Capoeira nas Escolas, ocorrido hoje (5) no Colégio Estadual de Tempo Integral Zumbi dos Palmares, no bairro Tancredo Neves, em Salvador. A iniciativa, promovida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) durante o evento de abertura das ações do Novembro Negro, regulamenta a Lei nº 14.341, conhecida como “Lei Moa do Katendê”, fruto do projeto da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), insere a capoeira no currículo das escolas públicas estaduais.
A adesão do governador ao projeto Capoeira nas Escolas vem ao encontro de uma indicação apresentada por Fiscina em fevereiro deste ano, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), sugerindo a inclusão de aulas de capoeira no currículo do Ensino Fundamental e Médio da rede estadual. Em sua proposta, a parlamentar ressaltou o potencial da capoeira para contribuir com o desenvolvimento psicomotor dos jovens, além de fortalecer o conhecimento sobre as raízes culturais afro-brasileiras.
Para Fiscina, que também é professora, a presença da capoeira nas escolas significa muito mais do que apenas uma prática física. “A capoeira é um elo de resistência e ancestralidade afro-brasileira, que agora enriquecerá a educação dos nossos jovens, promovendo valores como disciplina, união, respeito e orgulho pela nossa história”, celebrou a deputada. “Sua prática nas escolas ajudará a cultivar o sentimento de pertencimento e honra das nossas origens. Parabéns ao governador Jerônimo Rodrigues e a todos que lutam por uma Bahia mais forte, que honra as suas tradições e constrói um futuro onde a cultura baiana é fortalecida desde a infância”, destacou, ao mencionar o legado de mestres icônicos, como Bimba e Pastinha, que ajudaram a consolidar a prática como símbolo da cultura afro-brasileira.
Na justificativa da sua indicação, a deputada lembrou que a capoeira é reconhecida oficialmente como esporte e que sua inclusão no currículo escolar amplia a compreensão do desenvolvimento humano em perspectiva interdisciplinar, uma vez que promove o conhecimento histórico e social da Bahia e do Brasil. “Esta prática nas escolas é uma ferramenta importante na formação dos nossos alunos, tornando-os capazes de compreender as relações humanas e o valor histórico-social dessa manifestação”, acrescentou.
Foto: Aluísio Neto