O município de Simões Filho, localizado na região metropolitana de Salvador, está prestes a realizar o maior empréstimo de sua história, no valor de R$ 85 milhões. A operação de crédito, que já foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Dinha Tolentino, tem gerado polêmica e críticas por parte de integrantes da oposição.
O projeto de empréstimo, que será realizado por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA), junto à Caixa Econômica Federal, não especifica detalhadamente para onde serão destinados os recursos. Isso tem sido apontado como um ponto de preocupação pelos críticos, que veem no projeto um “cheque em branco” dado ao prefeito.
Segundo o texto do projeto, os recursos serão “destinados a investimentos na infraestrutura e mobilidade urbana no Município de Simões Filho”. No entanto, a falta de informações mais precisas tem levantado questionamentos sobre a transparência e a efetividade desses investimentos.
Um fator que amplia as preocupações é o histórico do município em relação a empréstimos anteriores. Em 2019, Simões Filho conseguiu um empréstimo para a construção de um novo terminal rodoviário, mas até o momento o projeto não saiu do papel. Esse episódio contribui para a desconfiança em relação à destinação e à execução adequada dos recursos.
A Câmara Municipal, composta em sua maioria por vereadores da base do prefeito, aprovou o projeto sem grandes objeções. No entanto, representantes da oposição e alguns membros da sociedade civil têm levantado questionamentos sobre a necessidade do montante solicitado e a falta de transparência na gestão dos recursos públicos.
O empréstimo, se concretizado, poderá impactar diretamente o futuro de Simões Filho. A proposta pode elevar o endividamento do município, o que pode comprometer o funcionamento dos serviços públicos essenciais, como educação e saúde.