O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) protocolou na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a atuação do Credcesta e do Banco Master no estado. O pedido cumpre todos os requisitos legais e para que seja instalada precisa contar com o apoio de mais de um terço dos parlamentares.
“A iniciativa ocorre após a Operação Compliance Zero, que levou à prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e revelou um esquema bilionário de fraudes envolvendo carteiras de crédito inexistentes e operações irregulares com outros bancos, especialmente na tentativa de compra do Master pelo Banco Regional de Brasília – BRB. Parte desse escândalo tem origem na Bahia, a partir da privatização da EBAL, quando o Credcesta, antes restrito à rede Cesta do Povo, foi transferido ao controle de operadores privados e transformado em um produto de crédito consignado nacionalizado”, detalha o parlamentar.
O principal articulador dessa expansão, Augusto Ferreira Lima, também preso pela Polícia Federal, consolidou o Credcesta como um dos principais produtos do Banco Master, utilizando dados e vínculos com servidores públicos estaduais. O resultado foi um rastro de endividamento, práticas abusivas e violações de direitos entre servidores ativos, aposentados e pensionistas.
As denúncias incluem o envio de cartões sem solicitação; uso indevido de dados pessoais; juros rotativos de até 5,50% ao mês; cobranças indevidas e dificuldade de cancelamento; falta de transparência nas operações; violações à LGPD e ao Código de Defesa do Consumidor. O Ministério Público Estadual já move ação civil pública apontando irregularidades do Credcesta e do Banco Master, reforçando a necessidade de investigação profunda.
“Os servidores da Bahia foram transformados em alvo de um sistema predatório de crédito, e que foi parte do esquema fraudulento do Banco Master na tentativa de venda de seus ativos ao BRB. A ALBA tem o dever de investigar e responsabilizar todos os envolvidos. Esta CPI é um instrumento de defesa da população e da transparência pública”, conclui Hilton Coelho.
A CPI proposta terá prazo de 180 dias para investigar a origem, expansão e práticas do Credcesta, o uso de dados dos servidores, possíveis favorecimentos por parte de governos e agentes públicos e os prejuízos causados à categoria.
Assessoria de Comunicação do Deputado Estadual Hilton Coelho (PSOL)
Gabinete 309 – 3115-5489 e 3115-7265



