O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes se reuniu na quarta-feira (5) com representantes de entidades que atuam na área de direitos humanos e da sociedade civil para tratar da participação da Corte nas investigações da megaoperação do Rio. Segundo interlocutores, o ministro prometeu uma participação maior do Supremo e garantiu perícia com acompanhamento federal.
A audiência, que foi dividida em duas rodadas e com duração superior a duas horas, foi convocada para tratar da ação policial – denominada Operação Contenção –, que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, participantes pontuaram que Moraes afirmou que a Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar o crime organizado no Rio.
As entidades presentes demonstraram preocupações com a integridade das provas, a atuação dos órgãos estaduais e a necessidade de policiamento técnico-científico federal para garantir isenção. A Defensoria Pública da União (DPU) já tinha solicitado que o STF determinasse a preservação rigorosa de todos os vestígios da operação, o que levou à decisão de Alexandre de Moraes de conservação integral de provas, perícias e cadeias de custódia.
Em adição ao que já foi levantado, o ministro também intimou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro a fornecer esclarecimentos sobre os critérios da operação, o número de agentes envolvidos e as circunstâncias que levaram às mortes – como parte do processo de monitoramento do ADPF 635.
