O secretário da Segurança Pública da Bahia (SSP), Marcelo Werner, voltou a afirmar que independente de classificação legal, o Estado vai continuar combatendo o crime organizado de forma permanente. Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (5), Werner reiterou que a pasta vai combater todo e qualquer tipo de violência.
“A classificação do tipo penal, isso aí vai ser com o Congresso Federal, a lei que vai determinar qual vai ser a classificação. Independentemente disso, os atos de violência que são cometidos, esses sim têm que ser reprimidos, esses sim têm que ser investigados. A gente não pode permitir e não permitiremos o cometimento de crimes violentos contra a nossa comunidade”, declarou.
De acordo com Werner, há três anos consecutivos a Bahia está registrando redução nos índices criminais em função do trabalho de ações integradas e operações baseadas em inteligência e tecnologia.
“A gente tem mostrado isso a partir das diversas operações, do aumento de armas e drogas apreendidas. Eu destaco o aumento de armas e drogas, mas com o objeto fruto das operações e, consequentemente, com mais pessoas presas e com a diminuição dos índices criminais. Nós estamos três anos aí com reduções criminais. A gente sabe dar complexidade, sabemos que tem muito o que fazer, mas é passo a passo, é dia a dia. A gente tem contato com a população, tem contato com os investimentos pesados do governador Jerônimo[Rodrigues], não só em recursos humanos, policiais contratados. Ontem teve mais anúncios de concurso público, entregas de viaturas, uma diretriz estabelecida de policiamento de inteligência, de busca de lideranças, de asfixiamento financeiro, de descapitalização da organização de criminosos, de um trabalho contínuo da Polícia Militar, ostensivamente, de retirar barricadas, de tirar o sistema de monitoramento, de fazer uma atuação próxima da comunidade”, acrescentou.
Ainda segundo o secretário, este modo de atuar terá continuidade em outras cidades além da capital baiana e declarou que a SSP está em contato constante com outros estados e países da América do Sul para dar continuidade ao combate do crime organizado.
“A gente vai continuar fazendo, não só em Salvador, mas em todo o Estado da Bahia, e de forma integrada, repito, das grandes lideranças nossas, muitas delas já foram identificadas, que estão em outros estados da federação, que estão até em outros países da América do Sul, então a gente vem conversando também com a Polícia Federal e com a Operação Internacional, também com a Interpol para que a gente possa levar eles sim à justiça, em especial aqueles que são responsáveis por mortes violentas”, finalizou.



