Durante o encontro da União dos Municípios da Bahia (UPB), realizado nesta segunda-feira (20), o senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu a continuidade da Operação Overclean e defendeu que as investigações avancem sem interferência política, atingindo todos os responsáveis por corrupção e desvio de recursos públicos, principalmente os que classifica
“Eu acho que toda operação policial tem que ir até o final e, principalmente, não pegar bagrinho, mas os grandes tubarões que comandam a corrupção e o desvio de dinheiro público. Essa, pra mim, é a obrigação de qualquer investigação. Eu não fico torcendo pra bater em fulano ou ciclano; o que eu torço é que não haja nenhuma ingerência política e que a Overclean vá até o final”, afirmou.
O senador também fez referência ao impacto político da operação: “Entendo que tem muita gente nervosa, talvez sem dormir, mas devia ter pensado nisso antes de fazer coisa errada”, disse.
Questionado sobre o projeto de dosimetria das penas relacionadas aos ataques de 8 de janeiro e a eventual aplicação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Wagner reafirmou sua posição de que o tema deve ser tratado com responsabilidade e sem confundir os papéis de mandantes e executores.
“O projeto de dosimetria nada tem a ver com os mandantes do crime. Nem sei se vai sair, porque praticamente se parou de falar sobre isso em Brasília. Mas, se andar, na minha opinião, só é admissível para quem foi, digamos assim, induzido a fazer aquilo. Agora, quem comandou o espetáculo, quem arregimentou, quem pagou pessoas, não pode ser aliviado — tem que pagar o preço”, concluiu.



