O deputado estadual Pedro Tavares defendeu nesta terça-feira (140), a cacauicultura da Bahia diante da possibilidade de flexibilização para importação de cacau da África, prevista na Instrução Normativa 125. Para ele, a medida traz riscos à economia e à sanidade da lavoura no estado.
“É uma homenagem mais do que merecida para a FAEB, o agro que representa grande parte do PIB da Bahia e do Brasil, e que precisa de atenção especial. Sem o agro, a economia não gira e a comida não chega ao prato do cidadão”, afirmou Tavares.
Ele criticou a normativa por permitir a entrada de cacau estrangeiro sem, segundo ele, garantias fitossanitárias adequadas. “Pode trazer doenças, como vírus da África, da Costa do Marfim, que ameaçam a produção baiana. Já sofremos com a vassoura-de-bruxa, que dizimou o sul da Bahia, não podemos correr esse risco novamente”, alertou.
Tavares afirmou que pretende ir a Brasília nesta quarta-feira (16) para discutir o tema e pedir a revogação ou revisão da IN 125. “O governo federal precisa agir. A prioridade deve ser a proteção fitossanitária da nossa lavoura.”
O parlamentar também destacou a qualidade do cacau baiano, reconhecido internacionalmente. “Temos a melhor amêndoa do mundo. Nossas amêndoas estarão no Salão do Chocolate em Paris. É preciso garantir proteção e valorização para esse patrimônio.”



