Em Goiânia, Bolsonaro se reúne com Caiado em meio a especulações sobre 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Goiânia na quinta-feira (19), feriado de Corpus Christi, onde se reuniu com o governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), apontado como um dos principais nomes da direita que se movimentam com vistas à eleição presidencial de 2026. Bolsonaro, por sua vez, apesar de inelegível, mantém seu posicionamento de que concorrerá no pleito do próximo ano.
Segundo matéria do InfoMoney, o encontro ocorreu no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, e marcou a primeira viagem de Bolsonaro à Goiás desde a eleição de 2024, quando os dois estiveram em lados opostos e trocaram farpas entre si.
Apesar da expectativa em torno da sucessão nacional, interlocutores indicam que a conversa entre os dois líderes focou na disputa local, já que Caiado articula a eleição de seu vice, Daniel Vilela (MDB), para sucedê-lo no cargo.
Já nacionalmente, o governador goiano vem buscando se posicionar como uma das opções da direita para a sucessão presidencial, tendo em vista a inelegibilidade do ex-presidente. Apesar disso, aliados afirmam que Bolsonaro não demonstrou disposição em discutir o cenário nacional com o governador goiano. A prioridade, ao menos por enquanto, parece ser a disputa pelo controle do tabuleiro político em Goiás.
Além das movimentações em Goiás, a disputa pelo espólio político de Bolsonaro segue em curso no plano nacional. Além de Caiado, outros governadores ensaiam voos mais altos, como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.
Entretanto, o nome com mais força nos bastidores da direita para a disputa de 2026, caso Bolsonaro escolha um governador, continua sendo o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Freitas é ex-ministro da Infraestrutura e é visto como herdeiro político mais natural de Bolsonaro, além de ser o mais bem avaliado em pesquisas de intenção de voto para o pleito do próximo ano. Aliados, contudo, avaliam que o ex-presidente deve permanecer candidato até o último momento e apoiar um membro da sua própria família, como a ex-primeira-dama Michelle ou seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro.
