O prefeito de Salvador, Bruno Reis, classificou, em entrevista à rádio Metrópole nesta segunda-feira (16), a greve dos professores da rede municipal de Salvador, que completou 42 dias, como política, fruto de uma disputa entre dois partidos de esquerda.
“A greve é totalmente política. Há uma disputa entre Psol e PCdoB, querendo e utilizando de forma indevida os professores, mexendo com os sonhos e com os sentimentos dos professores. Eu dei um reajuste de 6,27% a 9,27%. Foi um reajuste no Brasi, inclusive maior do que o governo do Estado, do que o governo federal. E no reajuste do governo do Estado, a APLB estava com o governador aplaudindo, agradecendo e comemorando. Eu só queria o mesmo tratamento”, apontou Bruno Reis.
Segundo o prefeito, dos 10 mil professores municipais de Salvador, 898 tinham salário que entrava em uma divergência de entendimento da prefeitura e dos sindicalistas. Enquanto a categoria defende que gratificações não podem ser considerados para atingir o piso, o Executivo municipal cita uma interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) para alegar que “as gratificações que pagas a todos indistintamente, de forma permanente, fixa e com efeitos previdenciário” devem ser consideradas para o cálculo do efeito do piso”.
“Então, para acabar com essa dúvida desses 898 [professores], estas 11 gratificações que os professores ganham, nós incorporamos ao piso. E com isso, deixa de existir qualquer dúvida em relação ao vencimento”, disse o prefeito.