O PL Bahia manifesta total repúdio às agressões sofridas pelo vereador Gabriel Bandarra (PL), o Tenóbio, durante reunião da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Lauro de Freitas, episódio que envergonha a política e fere os princípios mais básicos da convivência democrática.
Nada justifica que uma sessão destinada à discussão de avanços educacionais — um tema que exige diálogo, responsabilidade e compromisso com o futuro — seja transformada em um palco de violência por uma vereadora adversária, motivada por divergências de opinião. A selvageria manifestada é totalmente incompatível com o ambiente institucional e com o espírito que deve nortear o exercício do mandato parlamentar.
O PL Bahia reitera sua defesa intransigente da civilidade na política e da liberdade de expressão como pilares da democracia. A boa política, que tem sido instrumento de avanço civilizatório, deve ser restaurada com urgência na convivência entre os vereadores da Câmara de Lauro de Freitas.
A população espera de seus representantes equilíbrio, respeito e maturidade — não violência e intolerância.
Acusação
No trecho divulgado pela vereadora, que acusa o colega de violência política de gênero, Tenóbio surge se aproximando dela com um celular na mão, enquanto filma a situação.
Já o vereador exibiu Luciana tentando tomar a câmera do assessor dele e também o celular que usava para registrar a discussão. Tenóbio acusou a colega de agressão física.
O que diz Luciana Tavares na íntegra
“Eu, Luciana Tavares, eleita pelo povo de Lauro de Freitas, denuncio publicamente uma grave violência política de gênero a que fui submetida na manhã desta terça-feira, dia 10 de junho de 2025, às 11:09, durante uma reunião da Comissão de Educação na Câmara Municipal. Fui assediada e pressionada pelo vereador Gabriel Bandarra (Tenóbio) enquanto exercia meu direito de questionar um Projeto de Lei que seria prejudicial à educação na minha cidade. Ele agressivamente colocou um celular no meu rosto, apontou o dedo para o meu rosto e tentou provocar um conflito quando insisti que seu assistente parasse a gravação não autorizada naquele momento.
Infelizmente, isso vem se tornando um tema recorrente. Não é a primeira vez que o vereador demonstra comportamento agressivo em relação a mim e a outros membros da Casa. É ultrajante que sejamos interrompidas, constrangidas e ameaçadas no decorrer de nosso trabalho.
A violência política de gênero é real, é uma conversa que deve ser levada a sério. Nenhuma intimidação ou censura me forçará a abandonar a luta. Minha posição é do povo, é de todas e todos nós, é coletiva. Continuarei assumindo o meu papel com coragem, respeito e responsabilidade. Estou tomando providências para que o fato seja examinado com a verdade, registrei o boletim de ocorrência na NEAM ( Núcleo Especial de Atendimento à Mulher). Denuncio qualquer forma de violência e assédio”.