A União dos Municípios da Bahia (UPB), a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB), a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) e Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) se reuniram nesta terça-feira (3) para tratar da seca em Chapada Diamantina.
O encontro aconteceu na UPB.
“São seis municípios que sofrem todo ano devido à falta de água que termina impacta nos assentamentos, porque em muitos deles a captação da água é através do Rio Utinga [localizado na Chapada]. E dessa vez, o governo estadual, juntamente com o governo federal, tomou a frente para a gente avançar na construção de pequenos barramentos para poder ir amenizando [esse impacto]”, explicou o presidente da UPB, Wilson Cardoso, em conversa entrevista ao OFF News.
Durante a reunião, foi definida uma comissão e um cronograma para a posição da barragem do Rio Bonito, também localizado na Chapada, que “vai resolver definitivamente essa situação tanto para o consumo humano como também para consumo animal e para os irrigantes”.
“No final da reunião ficou definida uma comissão para acompanharmos esses cronogramas que foram apresentados aqui. Também fizemos um acordo com os produtores. Enquanto a barragem do Rio Bonito não ficar pronta — o que deve acontecer em quatro anos—, não é para aumentar a plantação de bananas na região. Isso vai acabar com os conflitos que existem na região, dizem que são os plantadores de banana que consomem toda a água do Rio Bonito, e isso não é verdade”, pontuou Wilson.
O presidente da CERB, Jayme Viera, esclareceu que o projeto da barragem teve início em 2023. “Não nasceu esse ano com a crise da estiagem prolongada que sofremos. É uma medida que o governador Jerônimo Rodrigues adotou desde a sua posse em 2023, no início do seu mandato. Lá, já foi definido como prioridade de gestão hídrica na Chapada, lá nasceu o projeto dessa barragem do Rio Bonito, que foi licitado em 2024. O projeto executivo já foi entregue e agora a gente está aqui nessa reunião multidisciplinar com a contribuição dos prefeitos”, detalhou.
A titular da SIHS, Larissa Moraes, enfatizou que o foco está sendo em ações de curto, médio e longo prazo para amenizar os problemas da seca. “A gente está aqui hoje discutindo o que vamos fazer já paliativamente, rápido. E também ações a longo prazo”, afirmou.