O diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo, representando a vice-prefeita Ana Paula Matos, participou do 12º Encontro Nacional de Cidades e Vilas Resilientes, realizado entre os dias 21 e 23 de maio na Ilha da Madeira, Portugal. O evento reuniu representantes de 38 municípios portugueses e especialistas internacionais para debater estratégias inovadoras de resiliência urbana, com destaque para as cidades lusófonas.
A agenda integrou a campanha global “Making Cities Resilient 2030” (MCR2030), promovida pela ONU, e contou com a participação de instituições como a UNDRR (Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres), a organização Resilient Cities Catalyst, além de delegações do Brasil, São Tomé e Príncipe e Moçambique.
Em sua fala, Sosthenes Macêdo reforçou o papel de Salvador como referência na construção de cidades mais seguras, destacando a atuação da Codesal como órgão certificado pela ONU como Hub de Resiliência e integrante da rede C40 de cidades comprometidas com a sustentabilidade. “Estamos fortalecendo uma rede de proteção entre as cidades lusófonas, partilhando conhecimento e construindo, juntos, soluções para tornar nossos territórios mais preparados frente aos riscos climáticos e urbanos”, afirmou.
O diretor ainda pontuou que a experiência de Salvador tem sido marcada pela união entre ciência, tecnologia e o engajamento da população: “A nossa participação neste esforço global tem nos permitido crescer, aprender e devolver à cidade políticas públicas mais eficazes. Salvador tem feito da resiliência uma missão coletiva.”
O encontro passou pelas cidades de Funchal, Machico e Ponta do Sol, com discussões sobre comunicação de risco, tecnologias emergentes, resiliência no turismo e boas práticas em Proteção Civil. A expectativa, segundo os organizadores, é de consolidar parcerias e elaborar um plano de ação conjunto para o triênio 2024–2026.
Visita técnica em Lisboa
A missão internacional incluiu ainda uma visita técnica a Lisboa, onde o diretor da Codesal conheceu o Plano Geral de Drenagem da capital portuguesa, em reunião com o Serviço Municipal de Proteção Civil. A cidade lida com recorrentes inundações em áreas baixas como Alcântara e Chelas, e vem investindo em uma solução integrada de drenagem para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
O Plano Geral de Drenagem de Lisboa 2016–2030 contempla a construção de grandes infraestruturas, como túneis de drenagem e reservatórios de retenção, com o objetivo de reduzir significativamente o risco de alagamentos e preparar a cidade para os extremos climáticos do século XXI.
Ao longo dos encontros, ficou evidente que os desafios urbanos são comuns às cidades que compartilham a língua portuguesa — e que a cooperação entre elas é caminho indispensável para superá-los. Salvador, por meio da Codesal, tem se colocado à disposição para liderar esse processo com responsabilidade, inovação e compromisso com a vida.
ASCOM – CODESAL
28 de maio de 2025