Em Jacobina, ACM Neto critica ausência de políticas públicas para o semiárido baiano
Ao chegar em Jacobina para participar do 14º Encontro do Sertão – Desenvolvimento e Prosperidade, realizado neste sábado (17), na cidade de Ourolândia, no Piemonte da Diamantina, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, criticou a atuação do governo estadual no enfrentamento da seca e no apoio aos pequenos produtores do semiárido baiano. O evento também contou com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de diversos prefeitos da região, vereadores e líderes políticos.
Em entrevista a jornalistas, ACM Neto afirmou que o debate sobre o futuro do interior da Bahia é urgente e precisa ser colocado como prioridade na agenda pública. “Um evento que traz pro debate, o que eu considero hoje o tema mais relevante do estado, que é como apoiar o pequeno produtor, como buscar meios para fazer com que haja geração de emprego, renda e, sobretudo, atividade econômica viva no interior da Bahia, no semiárido que vive um problema sério da falta de água, essa seca que infelizmente a gente não vê uma política pública do governo do estado de enfrentamento”, afirmou.
O ex-prefeito ainda criticou a ausência de ações efetivas do governo estadual nos últimos anos:
“A gente também não vê uma ação mais firme de linhas de crédito, do microcrédito, do pequeno produtor, de apoio técnico e científico pra diversificar a produção. Questões estruturantes que não foram enfrentadas pelo PT em quase 20 anos”, completou.
Para ACM Neto, a falta de investimentos em políticas públicas para o semiárido baiano resultou em uma piora das condições de vida da população local. “O PT está no poder na Bahia há quase 20 anos e a situação do semiárido só piorou e não foi feito nada para enfrentar de maneira consistente a questão da seca e, principalmente, garantir uma nova perspectiva de vida para o pequeno produtor rural, para o homem e a mulher que vivem da agricultura familiar”, reforçou.
Ele destacou ainda a importância do encontro em Ourolândia como um espaço de escuta e construção de propostas para transformar a realidade da região. “Eu acho que é trazer um novo horizonte para o futuro que a gente vem aqui hoje e que esse seminário é super importante para estimular o debate, para aproximar o poder público, as autoridades, daqueles que estão na ponta e que hoje se ressentem muito da falta de apoio, de suporte por parte dos seus governantes”.
O Encontro do Sertão reuniu lideranças políticas, especialistas, produtores e representantes da sociedade civil em debates voltados ao desenvolvimento sustentável do semiárido.
