Em decisão após reunião nesta terça-feira (7), a bancada do PDT na Câmara dos Deputados comunicou que irá deixar a base aliada do governo Lula e adotar uma postura de independência.
A mudança ocorre quatro dias após o presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, pedir demissão do Ministério da Previdência, em meio ao escândalo de fraudes no INSS.
Deputados do partido disseram que não pretendem integrar a oposição, mas também não seguirão mais as orientações do Palácio do Planalto. A saída de Lupi foi vista como um “desrespeito” ao PDT e teria sido a gota d’água para o rompimento. A escolha de Wolney Queiroz para assumir o ministério também não agradou a bancada.
“Não temos condições de ser oposição, não vamos nos agrupar ao PL. Mas temos pautas que se alinham ao governo. Deixamos a base e ficamos independentes”, afirmou um dos deputados. O líder do partido na Câmara, Mário Heringer (MG), disse que a decisão foi unânime.
O PDT, que tem 17 deputados, apoiou Lula no segundo turno em 2022 após candidatura própria fracassada. Agora, com o desgaste interno após a saída de Lupi, cresce a chance de o partido voltar a discutir a possibilidade de lançar um nome próprio à Presidência em 2026.