O conselheiro sênior da World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), Marcelo Behar, destacou nesta terça-feira (15), durante o Cerrado Summit, único evento da pré-COP30 realizado fora de uma capital brasileira, em Luís Eduardo Magalhães, com foco exclusivo nos tratados e desafios do Bioma Cerrado, destacou que “a maior ambição que o mundo tem sobre o Brasil é como conseguimos recuperar, preservar e expandir a nossa biodiversidade. A WBCSD nasce de um pedido do secretário-geral da ONU, lá em 1992, para que o setor privado fosse um parceiro do processo”.
A programação desta terça foi aberta às 9h, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), no Complexo Bahia Farm Show.
Ao constatar que ali estavam reunidos produtores, atores do sistema financeiro, de ONGs, da academia e do poder público, Behar disse: “temos os principais atores na sala fundamentais para a gente avançar do modelo atual, que é um modelo já muito eficiente, o Brasil é uma potência global em agricultura, e agora pode expandir ainda mais e se tornar a potência global em agricultura regenerativa e fazer com que sejamos a primeira nação do mundo a ser carbono-positiva”.Ele destacou que essa não é uma ambição pequena, e o setor agropecuário tem papel central. “As respostas brasileiras para sermos também uma nação regenerativa positiva também virão do uso do solo. A gente precisa justamente desse diálogo entre os formuladores de políticas públicas, os produtores rurais, as áreas de finanças e as áreas de ciências conectados, montando uma nova realidade […] que é a agricultura regenerativa”.
Segundo Behar, a agricultura regenerativa remunera melhor o produtor, fixa natureza e carbono no território, melhorando a qualidade do solo, com gestão de recursos hídricos positiva e com melhor capacidade de realizar gestão social.