O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, criticou, neste domingo (2), camarotes cujas estruturas não atendem aos padrões de acessibilidade e que, por vezes, têm a sua construção realizada sobre rampas para cadeirantes.
“Esse ano, a nossa atuação tem se deparado com muitos casos de violação de direitos de pessoas com deficiência. Estamos falando de estruturas montadas em cima de rampa de acesso para cadeirantes, de camarote que não respeita acessibilidade e não permite a circulação de pessoas com deficiência”, denunciou o secretário.
“Esse é um assunto importante também. Nós notificamos alguns camarotes no dia de ontem; vamos hoje voltar aos camarotes para tentar negociar com as direções dos camarotes a correção das estruturas e, caso a gente não consiga, vamos manter a notificação e os processos administrativos, pois é fundamental que a gente introduza essa cultura de uma festa para todo mundo”, declarou Felipe Freitas.
O secretário também entende que o camarote que fez uma passarela para que seus clientes não tenham contato com a multidão para acessar aos serviços passa uma imagem ruim da folia soteropolitana. “Conteúdo político sempre muito ruim. Quem vem para a festa, tem que aceitar circular ali no meio da multidão para chegar ao seu camarote, que é um símbolo ruim. O parecer do Ministério Público diz que não há risco de desabamento; espero que o parecer tenha sido feito criteriosamente e que, de fato, não haja nenhum incidente. Mas é uma imagem ruim para o nosso carnaval”, disse Freitas, sobre a estrutura montada no Circuito Barra-Ondina.
Ele também comentou os números do Carnaval. “Temos um balanço positivo em todas as áreas que temos atuado. Uma diminuição de todos os indicadores de crimes violentos em relação ao ano anterior. Alguns temas seguem nos preocupando: o tema das crianças e adolescentes nas festas, isso é sempre um tema que nos preocupa. Melhoramos muito a atuação esse ano, mas acho que a gente tem que continuar debatendo esse assunto para melhorar ainda mais para os próximos anos, sobretudo acolhendo os filhos dos trabalhadores durante a festa. Dos cordeiros, dos ambulantes, dos catadores, que não têm com quem deixar seus filhos. É preciso ter uma rede pública mais ampla de proteção. A prefeitura faz, em parceria conosco, com o Ministério Público, a oferta de 600 vagas de creches, mas temos que ampliar. A situação dos trabalhadores em geral também é um tema que nos preocupa muito”, comentou o secretário de Justiça e Direitos Humanos.