O senador Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, avaliou que será preciso ainda aguardar uma decisão do STF para saber qual será o próximo passo para Mesa Diretora da ALBA. Na última semana, o ministro Gilmer Mendes emitiu uma sentença afastando Adolfo Menezes do cargo. Em seu lugar assumiu interinamente a primeira vice, Ivana Bastos, mantendo a pasta nas mãos do PSD.
“Não, a situação foi todo um pouco complexa, não foi bem um gesto. Havia já uma candidatura que era quase, foi uma unanimidade. Ele teve todo o voto à exceção do voto, ele também era candidato de uma ausência, que já estava prevista, ele teve acho que 61 votos, são 63, 1 ausência, 62 e um candidato do candidato, 61. Ele teve tudo. Então ele conquistou isso. Óbvio que tem uma regra e uma tensão do Supremo, que diz que quem teve a sua eleição depois de 7 de janeiro de 2021, que é o caso de Adolfo Menezes, que não poderia ter três mandatos”, apontou o senador baiano ao OFF News, na tarde desta sexta-feira (14), na Federação, em Salvador.
“Aí, como você sabe, lei sempre tem interpretação, então tem advogado que diz é possível, não é possível, se colocou. A resposta veio muito rápido, até me surpreendeu a rapidez. Eu não tive tempo nem de conversar com o magistrado relator, o Ministro Gilmar, eu tive com ele depois desse episódio”, destacou Jaques Wagner.
“E vamos ver como é que se desenrola porque a equipe de Adolfo está entrando com recurso. A partir daí, havia uma desconfiança em relação a essa interdição e o candidato em caso de Adolfo do PT ficasse definitivo. E eu, a única coisa que fiz foi botar as coisas em lugar, foi dizer que muda-se o regimento que caso ele seja afastado tenha uma nova eleição”, explicou o líder do Governo Lula no Senado.
“Para evitar esse tumulto é que acabou sendo feito o gesto de colocar uma do próprio PSD, escolhida pela bancada para ser a primeira vice, então terá, vamos dizer, em caso da interdição da candidatura, não haverá uma descontinuidade. Então vamos aguardar a decisão”, pontuou o petista.