O presidente da ALBA, Adolfo Menezes (PSD), quebrou o silêncio após ser afastado pelo STF, liminarmente, na tarde desta segunda-feira (10).
“Recebo com tranquilidade, até porque todos vocês são testemunhas que todas as vezes que eu me manifestei, no próprio dia de eleição, em todas as minhas entrevistas, nós já sabíamos, a Casa toda sabia, de uma possível decisão do Supremo a respeito da minha recondução pela terceira vez à presidência da Casa”, explicou Adolfo Menezes.
“Nós estamos numa democracia, o deputado Hilton Coelho, que só teve o voto dele, é o tipo de política que eles fazem, com radicalismo, cada um pode entrar, eles entraram e o ministro Gilmar Mendes, pelo sorteio caiu pra ele, ele concedeu eliminar; não sou advogado, mas o nosso advogado já virou rapidamente, o ministro Gilman Mendes pediu eliminar, pedindo meu afastamento temporário, claro, temporário inicialmente. Transformar definitivo, pedindo explicação ao juiz substituto que negou eliminar um dia após a eleição que o pessoal tem entrada aqui na Bahia. Então, normal, com toda a tranquilidade”, arrematou Menezes.
“Depois do resultado, que muito me honra, isso não vai apagar. O ministro Gilmar Mendes não vai apagar essa vitória que eu tive, né? Depois de ter sido eleita a primeira vez, reeleita a segunda vez, praticamente, eu não me dá, e de 62 presentes como candidato a presidente, eu ter tido todos os votos.
Então, essa decisão nenhuma, de Ministro, nenhum vai me apagar. Então, eu sempre serei grato a Deus, a quem devemos tudo, e grato a meus colegas, e estou preparado, como eu disse no meu discurso, vocês pegarem vão ver, eu estou preparado para tudo. Então, vamos aguardar, os advogados, isso é uma coisa que aconteceu agora, os advogados vão ver se cabe algum recurso, alguma contestação.
Essa decisão do Ministro vai ser levada ao Plenário da Corte, que me parece que já no dia 28 já está marcado, e vamos ver o que acontece. Caso eu não fique com toda tranquilidade, como na decisão dele não anula a eleição, só pede a explicação e me afasta temporariamente, vamos ver aí, torcer para a deputada Ivana ficar como vice-presidente, mas tudo ainda é preliminar.
Adolfo evitou cravar a revisão da decisão e brincou sobre o fato da vice, deputada Ivana Bastos, assumir o posto.
“Não sei, que aí não sou da área, vamos ouvir ainda os advogados, até tem pouco, tem 10 minutos que eu tomei conhecimento, com toda tranquilidade. A deputada Ivana já está em minha cadeira, então aqui as coisas são rápidas. É brincadeira, claro, estou mais reunido aqui com os colegas, uma parte dos deputados, a deputada Ivana está na sala, com toda tranquilidade, eu falo isso com toda absoluta tranquilidade, até porque se eu não continuar como presidente, mais cedo ou mais tarde eu ia deixar de ser presidente”, destacou Menezes.
“Então sem problema, é o que eu digo. Eu já sou grato, só tenho de me arrulhar aonde cheguei, ter tido duas vitórias espetaculares e a última, terceira vitória espetacular, à unanimidade, claro, que se eu fui candidato e se os colegas quiseram e me reelegeram, é porque eles gostariam que eu continuasse presidente, mas são coisas do Brasil. Repito sempre, isso não poderia estar acontecendo, não devia estar acontecendo, mas uma falta de ação do nosso Congresso Nacional, que às vezes ainda critica o Supremo que fica invadindo competências do Poder Legislativo, mas era simples para mim, porque isso não se trata de nenhum projeto polêmico que você botar na lei, botaria na lei câmaras de vereadores e assembleias do Brasil igual a governador ou presidente da República e prefeito, só tem direito a recondução, mas como no Brasil essa esculhambação que permanece em muitas áreas, não coloco na lei para estar suscitando e criando esses problemas, mas fazer o quê? É o nosso país”, arrematou o presidente.