O senador Ângelo Coronel (PSD), relator do Orçamento de 2025 afirmou que estão ‘demonizando’ as emendas parlamentares bloqueadas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, conforme ele, existem pendências mais sérias a serem resolvidas antes que a proposta orçamentária seja colocada em pauta.
“Estão demonizando muito a questão de emendas, mas não é só a questão de emendas. Nós temos problemas aí que precisam ser resolvidos, nós temos despesas que o governo está querendo alocar ainda mais sem fonte de receita, eu dou o exemplo do próprio programa Pé-de Meia em que o próprio TCU, no relatório, disse que há indícios de irregularidades. Estou aguardando que o governo mande algo para gente tentar corrigir essas irregularidades. A nossa consultoria estipulou que o orçamento está em torno de R$ 12 bilhões e no orçamento só tem algo em torno de R$ 1 bilhão”, frisou Coronel que havia ameaçado colocar a LOA na gaveta se não houvesse a liberação das emendas.
O relator citou ainda a questão do Vale Gás.
“Nós temos a questão do Vale Gás, que no ano passado foi algo em torno de R$ 3,3 bilhões e esse ano está orçado em algo em torno de R$ 3,5 bilhões, mas só está no orçamento R$ 600 milhões. Então, você vê que são duas rubricas aí que já causam problemas sérios”, pontou.
Ao fim, ele assegurou o peça orçamentária não foi aprovada porque não é possível aprová-la de forma ‘capenga’.
“E recebi aqui sindicatos públicos federais que estão com seu aumento de 9% a depender da votação da LOA. Então, eu fui bem claro a eles, a LOA não foi aprovada até então porque nós temos coisas a ajustar. O pacote econômico foi em dezembro, praticamente no último dia. Então, tem essas coisas que a gente precisa ajustar para não fazer aí uma peça capenga. A gente quer ao máximo fazer uma peça que venha atender, se não for a totalidade, mas uma grande parte das expectativas do Brasil, essa é a peça mais importante da República”, concluiu Coronel em suas redes sociais.