O secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence, comentou nesta quarta-feira (5) sobre a situação das obras da Ponte Salvador-Itaparica e da nova Rodoviária da capital baiana. Em sua declaração, Florence destacou que os contratos seguem vigentes e que houve avanço significativo nos processos desde a chegada da atual gestão.
“O contrato de 2020 continua a viger. O governador também citou a nova rodoviária. Nós tínhamos um ambiente de contaminação dos contratos pela pandemia. Contaminação é uma expressão que tem uma conotação, digamos, da saúde, mas o equilíbrio econômico e financeiro desses contratos ficou abalado pela queda de tráfego”, aponta Florêncio.
“A rodoviária, por exemplo, é um contrato de concessão que a vencedora monta no plano de negócios da operação atual. Com a pandemia, parou a atual. A projeção de retomada ainda não se concretizou. Tem que discutir o tráfego, tem que discutir o equilíbrio econômico e financeiro, tem que discutir o prazo, mas a obra foi retomada. Como o governador falou, quando nós chegamos, a obra da rodoviária estava parada, fizemos longas negociações, foi retomada a obra, mas nós precisamos atualizar o contrato”, explicou o secretário da Casa Civil.
Florence também abordou a situação da Ponte Salvador-Itaparica, ressaltando que, embora o contrato esteja em vigor, o projeto executivo ainda precisa ser finalizado antes do início efetivo das obras.
“Em relação à ponte, a mesma coisa. O contrato está vigendo. Quando chegamos, estava em um ritmo que não tinha nem iniciado, enquanto a rodoviária já tinha início. O contrato da ponte estava fingindo, mas não havia obra. Nós conseguimos que fosse dado início à sondagem, estamos negociando o contrato, temos expectativa de que, no futuro próximo, haja algum tipo de resposta. Claro, a responsabilidade política é do governo do Estado. Fizemos a negociação com a concessionária Ponte Salvador de Itaparica e esse contrato vai ser, digamos assim, analisado a quem compete, órgãos de controle. Entretanto, a obra se iniciará assim que houver o projeto executivo elaborado”, afirmou.
O secretário também rebateu críticas de adversários políticos sobre a execução do projeto.
“Eu vi políticos, digamos assim, querendo entrar no barco da ponte e entraram sem bóia. O que ocorre? A licitação feita, já apreciada em tribunal de contas, para uma parceria público-privada (PPP), tem como base anteprojeto. O anteprojeto licitou, foi feito contrato. Quem vai fazer a obra tem que fazer o projeto executivo. Uma obra como a do metrô, um túnel, uma obra como a da ponte, só tem projeto executivo em PPP depois de assinado o contrato de PPP. Para isso, é necessário um anteprojeto. Então, dizer que não tem um anteprojeto, dizer que quer rediscutir, é estar realmente por fora. Mas faz parte do jogo político. Como a ponte tem um impacto que tem, nesse período quase que pré-eleitoral, as pessoas estão tensas na oposição, vendo o desempenho do governo e preocupadas em tomar outra da ponte. Derrota eleitoral, e aí estão tentando entrar no barco. Sem bóia não dá, vai naufragar”, finalizou Florence.