O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), ratificou as críticas do seu líder na Câmara, Kiki Bispo, e subiu o tom contra regulação do Estado.
“Gente, falando da seriedade que o assunto exige, não se trata de número, não se trata de uma voz de alguém da oposição que está falando pra provocar. Se trata de uma constatação. Eu digo a vocês, hoje tem nas nossas UPAs mais de 300 pessoas aguardando a regulação. Aguardando a oportunidade de fazer uma cirurgia, a oportunidade de fazer uma intervenção, atendimento especializado”, revelou Reis.
“E esta é a dura realidade de todo o Estado. Então, é uma constatação que, nesses 18 anos, piorou; ah, existia no ano passado, existia, mas hoje é comum. Escute as rádios de manhã, veja os programas de televisão. Pessoas mandam whatsapp pedindo pelo amor de Deus, prefeito, vê o o que pode fazer para regular o paciente que já está esperando há tanto tempo”, apontou o gestor.
Bruno Reis pontuou que Jerônimo, ao invés de rebater, deveria resolver o problema da saúde. Ele também criticou o que classifica como uso eleitoral dos prefeitos.
“Pessoas morrendo à espera de regulação, e ele, antes de rebater, de questionar, ou até desdenhar, tinha que resolver o problema, procurar soluções, apresentar avanços e infelizmente, infelizmente essa situação só se agrava. E com toda a verdade, eu fico no meu coração, fico triste por isso, porque elas estão falando de vidas de pessoas que estão sucumbindo”, desabafou o prefeito da capital.
“Aí eu ouvi dizer, ele agora vai provocar os prefeitos, ele devia, antes de estar preocupado com o apoio do prefeito, dizer: “prefeito, você quer meu apoio para a sua cidade? Ao invés de você me apoiar para a eleição, resolve o problema na saúde”. Ele estava chamando os prefeitos, oferecendo o mundo para o prefeito poder apoiar ele, e depois a culpa é do prefeito, que não cuida da saúde básica?”, questiona o Reis.
“Tratou disso na audiência? Condicionou o apoio do governo, do prefeito, da saúde básica dele? Não. Aí quer que alguém acredite que a culpa hoje da regulação, que é alta complexidade, é de culpa dos prefeitos. Então a culpa da segurança é do Brasil, a culpa da saúde está na situação que está dos prefeitos e a culpa do governador, qual é?”, arrematou o gestor.