Líder da oposição na ALBA, o deputado estadual Alan Sanches (União) apontou, após reunião do bloco com o candidato do PT a 1º vice da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), que em meio às incertezas jurídicas que envolvem a candidatura à reeleição do presidente Adolfo Menezes (PSD), será preciso ter garantias que de caso o presidente reeleito seja afastado, não haverá um movimento do PT para manter o controle da ALBA.
Conforme Sanches, uma mudança no regimento interno da Casa com o objetivo de determinar que o 1º vice da Mesa Diretora convoque uma nova eleição imediatamente após a cadeira do presidente ficar vaga de forma definitiva ou por decisão judicial, poderia resolver o problema e tranquilizar o bloco.
“Foi extremamente importante essa conversa com Rosenberg que a gente não tinha tido uma oportunidade dele como candidato. Hoje ele é candidato a vice, a primeiro vice, mas também com a grande possibilidade, a gente sabe disso, de ocupar a presidência. Então, nesse caso, a gente fala na proporcionalidade, da presença partidária de cada deputado, de cada partido na Mesa Diretora, mas a gente fala também numa situação muito especial que o primeiro vice poderá, sim, ser o presidente. Por isso a gente queria uma conversa com todos os candidatos que sejam a primeira vice, no caso Rosenberg. Não há veto nenhum a figura do Rosemberg. Eu digo que, comigo, durante esses dois anos, foi um cumpridor de todos os acordos que foram feitos legislativos para que a gente tivesse uma tranquilidade nas votações, recuou nos momentos que deveria recuar, avançou nos momentos que podia avançar. Então, a minha relação, eu posso dizer pessoal, com o Rosemberg foi muito tranquila e cumprindo os acordos de ambas as partes”, enfatizou.
Porém, classificou os próximos dias, até o dia da eleição [3 de fevereiro] como definitivos para se chegar a um consenso.
“Com relação à presidência, eu acho que temos dez dias e muitas conversas. Vai ser até dia 3. Os deputados vão estar se reunindo, ouvindo, preparando, digamos assim, essa mudança no Regimento ou na Constituição da Bahia, como achar melhor. Ainda não há um texto, não há definido se vai ocorrer essa mudança do Regimento ou se a gente vai… e de que forma vai acontecer? Se vai ser com a eleição imediata, dez dias, quarenta e cinco, sessenta dias ou quando ocorrer. Então, a gente também precisa de um texto, definir um texto, para a mudança do Regimento que não será para essa eleição apenas. Essa é uma eleição especial, diferente, por essa instabilidade jurídica, mas será para Casa. Você não pode ficar mudando o Regimento ao bel-prazer, de acordo com cada situação. Então, vai ser uma coisa. Que vai ser mais definitiva. Eu acho, como o Rosemberg falou anteriormente, eu acho que a gente, esses dez dias, vai ser de muita discussão para que a gente chegue a um termo mais concreto”, considerou o representante do União Brasil.