O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes, criticou, durante encontro do Partido dos Trabalhadores (PT) com prefeitos e vice eleitos nas eleições de 2024 na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), na manhã desta segunda-feira (13), o que classifica como uma antecipação das discussões da chapa de 2026 feita por petistas.
“Às vezes quem fala de improviso, a gente viu o presidente Lula também falar de improviso, falou uma bobagem aí. Não estou dizendo que o que Wagner falou foi uma bobagem, mas eu acredito que não era hora? Mas eu acredito que tem muita coisa ainda, faltam dois anos. Não é fechamento de chapa. No final tudo se acerta, na formação da chapa que está se aproximando, embora não me caiba esse debate. Mas, é claro que se eu for consultado, posso dar minha opinião”, pontuou o gestor.
“Claro que seria uma chapa fortíssima, né? O governador[Jerônimo Rodrigues] tem todo direito para ir para a eleição, o Wagner que já manifestou interesse em continuar no Senado e Rui Costa, claro, mas Coronel [Ângelo Coronel, do PSD] com certeza absoluta. Isso não é fechamento de chapa, pode ter sido uma opinião naquela hora. Mas tem muita coisa ainda para acontecer daqui para lá”, frisou, em defesa do seu companheiro de partido.
“Se eu for consultado, posso dar a minha opinião. Claro que seria uma chapa fortíssima, né? O governador tem todo direito de ir à reeleição. O Wagner que já me manifestou interesse em continuar no Senado. E Rui Costa, claro, mas Coronel, com certeza absoluta, isso não é fechamento de chapa, pode ter sido uma opinião naquela hora. Mas tem muita coisa ainda para acontecer daqui para lá”, arrematou o presidente da ALBA.
Questionado se o PSD, maior partido da Bahia, que via deputados já defenderam o direito à reeleição de Coronel, estaria fechado com o seu senador, em meio aos rumores de que o partido poderá ser subserviente ao interesse do PT de ter uma chapa pura, Menezes apontou que só o presidente estadual da sigla, o também senador Otto Alencar, é quem pode responder.
“Essa pergunta tem de ser feita a quem decide, que é o senador Otto Alencar, que é o líder do partido, é quem lidera essas negociações. Claro, ouvindo, na hora certa, o grupo, mas o senador Otto Alencar que é que cabe vocês fazerem essa pergunta”, reforçou Menezes.
“Não, eu não conversei sobre esse assunto não, porque eu acho que está muito prematuro, né? Faltam dois anos ainda, saímos das eleições agora há pouco tempo… eu acredito que tem muita água para rolar ainda. Vai depender muito, como é que vai estar o presidente Lula”, lembrou Adolfo Menezes.
“É claro que a imprensa sempre quer essas notícias, mas vai depender muito ainda como vai estar o presidente Lula a nível nacional, a nível de sucessão, se ele vai, se não vai, se tem chance de ganhar. Porque aí é muito mais fácil acomodar, né? Aí tem ministério, tem tudo, mas isso vai depender da população, vai depender politicamente como o presidente esteja”, avaliou o político.
Foto: Vaner Casaes