O deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, avaliou a situação financeira do estado e a capacidade de contrair empréstimos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento, durante entrevista após aprovação do 15° empréstimo na ALBA, nesta terça-feira (3).
Na gestão Jerônimo Rodrigues, a administração estadual conseguiu aprovar na ALBA a contração de empréstimos que ultrapassam R$ 10 bilhões.
Segundo Pinto, a Bahia ainda possui uma boa margem para contrair esses empréstimos, especialmente quando comparada com outros estados brasileiros.
O parlamentar enfatizou que, embora existam críticas em relação ao funcionamento dos órgãos públicos, como a Assembleia Legislativa e o Congresso Nacional, os governantes ainda detêm a maior parte do poder orçamentário, o que torna decisivos seus papéis na liberação de recursos.
“Os prefeitos, os governadores, os presidentes sempre vão ter a força porque eles detêm o dinheiro, o orçamento da prefeitura, do estado, do município, do Brasil”, afirmou.
Ao abordar a gestão do atual governo baiano, o deputado destacou a ausência de grandes escândalos de corrupção, diferenciando a Bahia de outros estados, onde crises envolvendo dinheiro público têm sido mais evidentes.
“Temos um governo aqui na Bahia que, pelo que eu convivo no dia a dia, não vemos escândalos como em outros estados”, afirmou o petista.
Sobre os empréstimos, Pinto explicou que muitos dos recursos aprovados anteriormente, ainda não chegaram efetivamente aos cofres estaduais devido aos trâmites burocráticos e à necessidade de liberação de recursos por entidades financeiras como o Banco Mundial ou a Caixa Econômica. Ele também explicou que alguns empréstimos aprovados durante o governo de Rui Costa não conseguiram ser efetivados, ressaltando que o processo de obtenção de crédito para o estado é complexo e depende de diversos fatores.
Em sua análise, o deputado apontou que a Bahia, com sua capacidade de endividamento ainda relativamente baixa em comparação a outros estados, possui um potencial significativo para contrair novos empréstimos.
“A administração pública é feita com recursos, e os empréstimos fazem parte desse processo”, concluiu o deputado.