O vereador Randerson Leal (PODEMOS) apresentou à Câmara Municipal de Salvador o Projeto de Lei nº 156/2024, sugerindo a criação de faixa exclusiva para circulação de motocicletas, motonetas e similares em vias de grande circulação. Protocolado em setembro de 2024, o projeto está em tramitação e tem o objetivo de diminuir o número de acidentes com motocicletas que circulam entre as faixas de trânsito e estimular um comportamento cidadão e seguro entre motoristas e motociclistas.
Os motociclistas são as principais vítimas de acidentes de trânsito em Salvador. Em 2023, das 113 mortes registradas nas vias da cidade, 63 envolviam pessoas em motocicletas, sendo 51 condutores e 12 passageiros. Esse número representa um aumento de 26% em relação a 2022. Colisões e choques envolvendo motocicletas são os acidentes mais comuns. Já as vias com maior número de ocorrências são as Avenidas Antônio Carlos Magalhães, Afrânio Peixoto (Suburbana) e Luís Viana Filho (Paralela).
Na Avenida 23 de Maio, em São Paulo, após a implantação experimental da Faixa Azul, os resultados indicaram que 86% dos motociclistas utilizam essa faixa, sem registro de óbitos ou acidentes graves dentro da área delimitada. Fora da Faixa Azul, onde o índice de uso foi de 14%, houve praticamente o dobro de acidentes, demonstrando que o uso da Faixa Azul contribui para a prevenção de mortes e acidentes entre motociclistas.
“Precisamos urgentemente implementar a Faixa Azul em Salvador para proteger os motociclistas e reduzir o número de acidentes fatais nas grandes avenidas. Diariamente, vidas são perdidas em tragédias que poderiam ser evitadas com medidas de segurança mais eficazes. A Faixa Azul já mostrou em outras cidades que pode organizar o fluxo de motos e criar um espaço seguro, diminuindo o risco de colisões graves”, declarou o vereador Randerson Leal.
“Não podemos aceitar que acidentes fatais continuem ocorrendo nas principais vias de Salvador. A implantação da Faixa Azul não é apenas uma questão de organização do trânsito, mas sim uma medida urgente de preservação de vidas”, reforçou.