Para Marta Rodrigues, graças a imprensa baiana que a democracia tem se feito valer em Salvador, pois ela é quem ajuda a tornar público as cobranças e pedidos de transparência em prol da população: “É uma grande aliada da democracia”
A vereadora Marta Rodrigues (PT), em seu terceiro mandato na Câmara, disse, nesta segunda-feira (16), torcer para que a próxima prefeitura de Salvador respeite a autonomia do legislativo municipal, pode independente, e atenda às cobranças e pedidos de fiscalização feito pelos vereadores eleitos.
“Temos centenas de ofícios feitos ao longo do ano, formalizados, que chegaram na prefeitura, dede 2020 e praticamente não temos respostas nenhuma. Exercemos nosso papel de fiscalizar a cidade, mas a prefeitura não tem transparência. A imprensa exerce um papel muito mais precioso nesse quesito ao lado da Câmara”, diz.
Segundo ela, a prefeitura além de destratar a Câmara Municipal, não considera o papel dos vereadores, favorecendo apenas aquele da base do prefeito para se manter no poder. “Uma situação vexatória que mostra o autoritarismo do executivo municipal ao longo dos anos”, comenta.
Entre os diversos ofícios sem resposta, Marta cita, por exemplo, o questionamento sobre o fechamento de 27 escolas que ofertavam o EJA no final de 2021. “Nenhum retorno. O prefeito fechou EJA e até hoje não reabriu. As pessoas ficaram sem escolas de jovens e adultos. Um desfalque na educação municipal. -Também cobramos avaliação de desempenho do programa Pè na Escola, que nada serviu”, conta.
“Também denunciamos ao MP-BA e solicitamos abertura das planilhaS pra justificar a desativação da mais de 100 linhas. Assim como fizemos pedido à SEMOB para que apresente as planilhas de custos e receitas do transporte público, cuja tarifa é a mais cara do Nordeste. Nada nos foi respondido”.
Para vereadora, transparência nunca foi o forte do executivo municipal. “Cobramos informações sobre o anuncio de três obras faraônicas que não Saíram do papel, mas que ameaçam bairros, meio-ambiente e moradores, como o teleférico do subúrbio, túnel subterrâneo no centro e oceanário”.
“Se fôssemos falar tudo que cobramos e não temos nenhum tipo de retorno, seria um PDF de centenas de folhas. O prefeito age como dono da cidade, como se ainda vivemos nas capitanias hereditárias, onde só os seus vereadores, tem direito a algo. Ele sequer respeita as próprias leis. A cidade está configurando entre a capital mais pobre do país, a especulação imobiliária destruindo o meio-ambiente, gentrificando a cidade. O IPTU absurdamente caro e não condizente com a realidade. O prefeito se nega a revisa o PDDU. E enquanto isso ele vende um Salvador de mentira, enganando a população”,