Deputado federal por cinco mandatos e ex-ministro de Lula e Temer, Geddel Vieira Lima exaltou a decisão do ministro Flávio Dino e criticou duramente o modelo atual de distribuição de emendas parlamentares, cujas modalidades incluíam o repasse imediato via pix.
A falta de Transparência gerou uma reação do ministro do Supero Tribunal Federal, Flávio Dino, suspendendo o pagamento das emendas até que haja comprovação, tanto por parte do Executivo como do Legislativo, de onde o recurso será aplicado.
Nesta semana, os três Poderes chegaram a um consenso sobre a necessidade de transparência nas emendas parlamentares, afirmou o Supremo Tribunal Federal em uma nota nesta terça-feira 20. O comunicado foi divulgado após uma reunião que contou com a presença de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal, os presidentes da Câmara, do Senado e representantes do governo. Segundo o STF “firmou-se o consenso de que as emendas parlamentares deverão respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção“.
“Fui deputado por 20 anos, conheço a Casa de trás para frente e frente para trás, paguei preço alto por não ter entendido certas situação, e digo que a decisão de Dino merece todos aplausos. O modelo atual sequestra a autonomia do executivo, permite jogo inapropriado da chantagem, gesta problemas, escândalos para frente, não dá para ser do jeito que tá”, avaliou Geddel Vieira Lima.
“Houve acordo tímido, acompanhado de um projeto, mas é preciso impor clareza, onde vão ser aplicados os recursos, não pode do jeito que está sendo feita pois atua para perverter a democracia. Não vai ter mais ninguém querendo renovar sendo candidato, pois vai ser impossível, não dá concorrer quem está no mandato.. até porque biologicamente as pessoas envelhecem, e os jovens não vão querer entrar na política. Isso promove campanhas caríssimas, pelo acúmulo de recursos obtidos através das famigeradas emendas PIX. O Supremo não deveria recurar um passo atrás”, ressaltou Geddel Vieira Lima.