Bruno Reis sinaliza desistência do Agir após ultimato de Jerônimo e critica: “não faço política ameaçando, dizendo que vou botar na caderneta; não estou na política para constranger”

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, cutucou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ao responder, durante coletiva de imprensa em sua convenção, sobre os apoios partidários.

Sem citar o Agir, ele lembrou do ultimato dado pelo governador ao deputado estadual Júnior Muniz (PT) após ele saber que o partido que o parlamentar petista exercer influência declarou apoio a ele.

“Todos que me conhecem sabem que a minha trajetória político, ela sempre foi marcada por um trabalho na articulação político, na relação com o ambiente da política. Eu nasci e me criei nesse ambiente, construí muitos amigos, sou uma pessoa que todos conhecem minha forma de trabalhar, de proceder; sendo sincero, de forma franca, olhando no olho, sempre os compromissos que assumi foram compridos, e isso traz confiabilidade e é por isso que a nossa aliança, se ela não cresceu numericamente em partidos, que é a mesma quantidade, ela cresceu em representatividade”, destacou Reis.

“Esse conjunto de partidos vai me dar mais 60% do tempo de rádio e TV, que é muito importante. Ah, prefeito, tenho possibilidade? Estamos abertos a conversas, a diálogos, não faço política ameaçando ninguém, dizendo que vou botar ninguém na caderneta, não faço política assim, não estou para constrangir ninguém”, ressaltou o prefeito de Salvador.

Reis apontou que não irá constranger o Agir, sinalizando que o apoio dado pelo mesmo pode ser retirado após o ultimato do governador, e voltou a criticar o expediente da retaliação política.

“Todos sabem que o presidente do Agir, a quem você está se referindo, foi o meu assessor, é meu cumpadi, sou o parente do filho dele, e que se não fosse qualquer outro ambiente, ele iria me apoiar. Tá entregue na mão de Deus, quando eu sempre faço tudo em minha vida, então não vou constranger ninguém, não quero que ninguém seja retalhado por minha causa, porque eu não faço política assim”, reforçou Bruno Reis.

“Só faço o bem e nunca combinar ninguém, nunca atirar ninguém, nunca prejudicar ninguém. Não falo nem da vida do ninguém. Só quando, às vezes, vocês de trazem alguns fatos, aí tenho que dizer a verdade, que é a obrigação de quem está na vida pública”, concluiu o candidato à reeleição.