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Geraldo Jr. terá que superar histórico negativo da vice do PT de 2016; petista citam golpe e pulverização como motivo da baixa adesão

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Após firmar aliança com o Partido dos Trabalhadores, recebendo como vice a ex-secretária Fabya Reis, o pré-candidato do MDB, o vice-governador Geraldo Júnior, terá que enfrentar o fantasma da baixa adesão do partido, que afetou a candidatura da então deputada federal Alice Portugal, na eleição à prefeitura de Salvador de 2016.

Na ocasião, ACM Neto (DEM) foi reeleito, em primeiro turno, com 73,99% dos votos válidos, 982.246 mil votos.

Mesmo tendo a deputada estadual Maria Del Cármen na vice, Alice Portugal (PC do B), obteve 14,55% dos votos, 193.102 mil votos.

Na ocasião, a base apresentou outras candidaturas: Pastor Sargento Isidório (PDT), com 8,61% dos votos, Claudio Silva (PP) com 1,46%.

Segundo uma fonte do PCdoB que preferiu não se identificar, a baixa votação de Alice foi reflexo direto da falta de empenho do PT na campanha, que assim como ocorre com a candidatura do vice-governador, havia prometido engajamento para alcançar à vitoria: “Não houve comprometimento do PT na campanha. Havia um ambiente de dificuldade por conta do impeachment da Dilma, mas não houve um empenho do PT para majoritária. O Partido ficou na eleição dos vereadores e pouco contribuiu para majoritária. Havia uma expectativa de que, com o PT na vice, haveria de ter uma adesão maior, o que não se mostrou na prática. No final acabou valendo o ditado de que o PT só entra em campo quando o candidato é do 13. Espero que com Geraldo Júnior não ocorra a mesma coisa”.

Ao ser questionado sobre o histórico da eleição de 2016, o presidente da sigla citou que o contexto à época era adverso por força do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

“A candidatura da companheira Alice Portugal foi a candidatura do auge do golpe da presidenta Dilma. A presidenta tinha acabadl de ser golpeada. Havia um processo de perseguição política feita à presidenta Dilma, ao presidente Rui, ao PT, ao conjunto das esquerdas. Um processo de perseguição esse que já foi revelado uma farsa jurídica e uma.fraude política; então, eram outros tempos ali. A eleição de 2024 é completamente diferente daquela realidade”, avaliou Éden Valadares ao OFF News durante lançamento da pré-candidatura da chapa Geraldo Júnior e Fabya Reis, na última quinta-feira (6).

“De lá para cá, nós já provamos ao país que o golpe da presidenta Dilma foi um atalho na democracia, não era correto. A presidenta Dilma é uma presidenta honesta. O presidente Lula foi injustamente perseguido, julgado, condenado e preso, e conseguiu anular todos os processos, e vence as eleições e volta ao Palácio do Planalto e nós conseguimos a 5° vitória na Bahia com o governador de Jerônimo. Então o paralelo entre 2016 e 2024 fica muito prejudicado, nós temos um cenário muito mais favorável a candidatura de Geraldo hoje, mas muito mais mesmo do que era em 2016 com a Alice”, ressaltou o presidente do PT.

O deputado estadual Robinson Almeida, líder da da federação Brasil da Esperança, que reúne o PT, PV e PCdoB, lembra que na eleição de 2016 havia várias candidaturas da base.

“Em 2016, saíram algumas candidaturas da base. Teve Alice, mas também teve pastor Sargento Isidório e outra candidatura (Cláudio Silva (PP)). O PT apoiou a Alice. Em 2020, teve a candidatura de Denise, mas outras candidaturas na base, como a de Olívia, Isidório e Bacelar”, lembrou o político.

“A novidade nessa eleição é que é uma única candidatura. Então eu creio que ela começa com esses 30%, que foi o resultado do somatório de várias candidaturas em 2016 e 2020. Então a estratégia esse ano foi de unificar toda a base e potencializar um polo de atração para que ele possa ser visível pela população como uma candidatura capaz de enfrentar e derrotar o prefeito”, avaliou Robinson Almeida.

Essa notícia foi atualizada em 9 de junho de 2024 18:44

Publicado por
Raul Aguilar

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