Rádio Peão: É Guerra

Juca Aleixo retorna mais uma vez para narrar que na política, como na vida, vingança é um prato em que se come frio.

Guerra

Ao contrário do que muitos pensavam, o conflito deflagrado após a cooptação da candidata ao executivo de Lauro de Freitas, do PDT para o União Brasil, não gerou apenas um conflito momentâneo entre Félix Mendonça e ACM Neto, mas uma guerra. Além das entrevistas onde o deputado federal tem procurado criticar o ex-Prefeito de Salvador e reforçar que não há mais aliança, Mendonça tem atuado para manter candidaturas em locais estratégicos para os interesses futuros de Neto. O caso recente foi a manutenção das candidaturas do PDT nas cidades irmãs, Ilhéus e Itabuna, o que coloca em cheque os planos das candidaturas de Oposição. Em Itabuna, Mendonça ainda convidou a candidata de Jerônimo para uma pactuação na vice.

Disputa

E por falar no ex-Prefeito, ele já comunicou ao alto escalão do grupo que irá mais uma vez para disputa contra o Professor. Sua avaliação é de que o rescaldo do governo Lula, que deve estar mais para lá do que para cá em 2026, poderá ser seu trunfo. Caso o cenário seja hostil, com Lula em alta, ele garantiu que irá para disputa mesmo assim, apostando no sentimento de mudança que demonstrou força em 2022.

Movimentação

Na semana em que deve ser lançada sua pré-candidatura, corre nos bastidores rumores de que um partido da base de Moema Gramacho deverá migrar para base de Débora Régis e ser apresentado como a cereja do bolo no ato, que deve contar com ACM Neto, Bruno Reis e de deputados federais e estaduais, além de lideranças.

Gaveta

E ainda falando de Lauro, as especulações de que a candidata seria retirada do páreo mediante movimentação de sua ação em Brasília deve mesmo naufragar. Interlocutores de ambos os lados garantem que o custo da operação no TSE ficou alto de mais e que o caminho será mesmo decidir na urna. Há quem aponte que uma decisão da ação só sairá após a eleição de 2024.

Mudança

Falando em Lauro, os rumores da troca da vice na chapa para sucessão de Moema agitou o cenário político. A especulação de que um vereador da Itinga assumiria o lugar da presidente da Câmara na vice gerou um burburinho e há quem garanta que a própria prefeita teve que intervir para freiar o movimento. Onde há fumaça, há fogo e há quem garanta que caso a chapa demore a decolar, uma mudança está no horizonte.

Megaoperação

Após análise de queixas dos munícipes através de pesquisas, das redes sociais e das críticas da Oposição, a prefeitura criou uma força tarefa para manutenção de vias no município. Há quem garanta que o crescimento expressivo das ações são oriundas inclusive da movimentação do próprio candidato. Diferente da última eleição, que o movimento só ocorreu no período eleitoral, neste ano a operação asfalto começou com bastante antecedência.

Recado

Analistas apontam que o senador Jaques Wagner, ao citar que garantidos, em 2026, pelo PT para disputa, estão apenas ele e o governador, mandou um duro recado para o Correria. A tese da chapa pura naufragou, resta agora saber se o Correria vai topar ir para o partido das seis ou três letrinhas. Há quem garanta que, em 2026, o Correria vai pagar tudo que fez ao PT nos anos de governador…

Em baixa

E o mesmo com PAC sobre PAC, o Correia não conseguiu decolar e anda mal avaliado pelos representantes dos brasileiros. A avaliação de prefeitos e parlamentares é que é muito lançamento para poucas entregas.

Caminhos

De fora do estado vem rumores de que o presidente nacional do PSD não vai digerir bem a perda de uma das cadeiras do Senado Federal, da Bahia, responsável por colocar o partido como o de maior número na Câmara Alta. Há quem garanta que se os critérios forem absolutos e levarem em conta a força política, tudo seguirá como está, já que o partido deve sair das urnas como o maior do estado.

Movimentação

Além da chapa, outra bomba-relógio que Jerônimo terá que desarmar será o processo de escolha para o comando da ALBA. Com Adolfo entregando tudo e mais um pouco aos deputados, sendo instigando para ir à reeleição pelos cinco mosqueteiros N-M-L-B-S, influentes no Legislativo e com sonho da vice na próxima mesa, e alimentando o desejo próprio de se manter na função, a transição promete não ser suave.

A vez

Nos bastidores, começam a circular informações de que a mudança no comando não anima apenas o governador, mas também ao senador do PT e do PSD. O impacto de ter uma mulher pela primeira vez presidente da Casa casa perfeito com os ventos de mudança ao qual o governador prega, e os senadores endossa, para dar sobrevida ao grupo. Pesa em favor da candidata um suposto acordo costurado por Otto antes da mudança legislativa, e ao qual estaria acima dela dado como foi costurado.

Pacotão

Para deixar a função, Adolfo poderá ser contemplado com um pacotão. Sua ida a um tribunal de conta, dada como certa, pode casar com a eleição da irmã para ALBA e da mulher para Câmara. Há quem garanta que sua decisão de apresentar a esposa para Campo Formoso, como candidata, neste ano, é parte da estratégia de dar vitrine para 2026.

Risco

No radar da cúpula do Governo está o fato de que um bate-chapa poderá dar ao bloco de Oposição um papel de fiador na disputa para presidência na ALBA. Pesa em favor do Governo o fato da Oposição atuar sobre duas lideranças: enquanto os Netistas atuaram para impor derrota ao Governo, os Elmaristas poderão, a depender do acordo de Brasília, ser o fiado do candidato de Jerônimo na ALBA em caso de confronto entre nomes da base.

Transição

Falando em ALBA, a transição do regime dos REDAs para o regime das terceirizadas na Casa está animando muita gente. Como previsto, a mudança puxará o número de cargos para cima e já há deputado com lista de espera.

União

Em Barreiras, a conversa entre o vereador candidato do prefeito e o ex-secretário de Luís Eduardo Magalhães está avançada e já há acordo para chapa, deixando a cabeça para quem estiver melhor colocado.

Oposição

Outra cidade que deve ter uma união da Oposição, sob as benções do agro, é Irecê. O acordo prevê como cláusula pétrea a pesquisa: quem estiver melhor, entre o vereador e o ex-prefeito, assume a cabeça e a vice.

Sem chance

Apesar dos rumores endossados pelos petistas, não chegou nem a ser analisada, pelo MDB, a possibilidade da ida do deputado estadual Mateus Ferreira para o comando da Secretaria de Recursos Hídricos, em um movimento para tornar a vereadora Lúcia Rocha, 1º suplente, deputada, de modo a retirá-la, sem esforço, da disputa. O recuo de Lúcia em Vitória da Conquista não está nos planos, nem como fortalecer Geraldo Júnior, o que aconteceria a partir da entrega de uma pasta para seu filho.

Bomba-relógio

Informações apontam que os presídios vivem cenário de bomba-relógio. A avaliação é que a guerra, de fora, uma hora irá respingar dentro. Não bastasse o clima bélico por parte da crise entre as facções, um escândalo envolvendo o lobby de agentes que atuam nos presídios para captar clientes, como novos advogados, já ligou o alerta tanto da OAB como dos órgãos de controle e da SSP-BA. Há quem garanta que o ex-secretário deixou a pasta ao ser informado que a explosão seria questão de tempo.

Novos ventos

Um certo deputado, com bom trânsito com empresários, que organizou toda Oposição em uma cidade de orçamento pomposo na RMS, parece ter fechado, na calada da noite, um acordo com o prefeito, deixando os oposicionistas que confiavam em sua articulação para ter capital para disputa, a ver navios.

Quem são:

Professor: Jerônimo Rodrigues

Correria: Rui Costa

Ex-Prefeito: ACM Neto.