Tática de Guerrilha

A crise agrária na Bahia, que se alastra por décadas, parece não ter uma solução no horizonte. No episódio mais recente, com morte, o pano de fundo para ação desastrosa por parte de produtores trouxe à tona um suposto movimento de sequestro de propriedades, patrocinado por alguns militantes. Há informações de que criminosos, se passando por militantes do direito à terra, tem utilizado uma velha tática de guerrilha para levantar fundos: sequestrar pequenas fazendas sob alegação da reforça agrária ou terra indígena para pedir resgates milionários aos proprietários. Há quem garanta que a turma tem até uma tabela de preço para devolução de cada propriedade invadida. Se antes cobravam R$50, R$100 mil, hoje, a depender do tamanho, já alcança um milhão. Ao que parece, a SSP-BA terá uma surpresa também para esses.

Geddel era o alvo

Informações apontam que a fazenda Inhuma não era o alvo inicial. A fazenda que seria ocupada seria a do ex-ministro Geddel Vieira Lima que, ao ser informado, acionou o aparato de segurança e do Estado para impedir o movimento. Ele também contou com a ajuda do Invasão Zero, grupo ao qual é filiado de forma anônima. Diante da impossibilidade de ocupação da fazenda de Geddel, os militantes teriam partido para o plano B: a fazenda Inhuma. o grupo alega que a fazenda de Geddel seria um lugar sagrado para o povo indígena por abrigar, pelo menos, três cemitérios.

Erro de cálculo

A ação, que resultou na morte da indígena, agradou ala mais radical dos agricultores, mas foi duramente criticada pelos mais moderados, que são a maioria. A avaliação é de que o movimento Ocupação Zero deveria funcionar como movimento de pressão e não de enfrentamento. Há uma avaliação geral de que agora o movimento entrará de vez na mira do poder público, e operações serão feitas para tentar enfraquecer o coletivo de fazendeiro que ganhou notoriedade em todo país, sendo copiado por outros estados e até virando projeto de lei.

A cara

O prefeito de Simões Filho usou como parâmetro o perfil e a confiança para escolher o presidente da Câmara da cidade como nome para sua sucessão. Bolsonarista e evangélico, o vereador é tido como o nome mais parecido com Dinha dos que tinha disponível no mercado. Ele também é tido como um homem de confiança leal a Dinha, sem margem para decisões autônomas.

Garantia

Especula-se que como forma de garantia, a secretária de Governo, Simone Costa, deverá ser a vice na chapa de Del do Cristo Rei. Com laços familiares com o prefeito, a secretária é a vice dos sonhos para ele. Na função de vice, ela, que foi especulada como candidata, poderá ser o nome da transição no futuro.  

Plano futuro

O prefeito de Simões Filho já tem declarado que será candidato a deputado federal em 2026. Na esteira dos 80 mil votos conseguidos para mulher, o político tem garantido que se elegerá sem afetar os planos do deputado federal Paulo Azi, o parlamentar que ele fez ser o único da cidade.

Sem frente ampla?

A apresentação discreta do sucessor de Dinha, em Simões Filho, contrastou com o mega evento que foi o lançamento de Flávio Matos em Camaçari. Ainda há especulações de que a turma irá comparecer no evento de lançamento da candidatura, mas é fato que o abandono frustou o suposto movimento de reafirmação da unidade do grupo ao melhor modo ninguém solta mão de ninguém.

Vai recuar?

Falando em Simões Filho, parece que o deputado estadual e ex-prefeito da cidade, à essa altura do campeonato, ainda está titubeando da candidatura. Há quem garanta que Eduardo está tentando convencer o bombeiro para ser candidato. Corre por fora uma possível candidatura de Edson Almeida, que caiu nas bolsas de apostas por força de processos judiciais.  

Sem recuo!

Por falar em recuo, as especulações de que o deputado federal poderia recuar em Guanambi deixou o senador irado. O movimento, que poderia favorecer o candidato do prefeito, foi rechaçado pelo senador que vê a candidatura já pavimentada por força dos apoios amarrados e acumulados. A deputada mais votada também não gostou nada da ideia.

Médico 24h

E o Dr. de Ruy Barbosa segue salvando vidas. Desta vez um PM da banda da corporação que passou mal em meio à apresentação no lançamento da Operação Carnaval:

Em baixa

A sonora vaia da população contra a prefeita de Santo Amaro neste final de semana deixou em maus lençóis o marido e padrinho político, o ex-prefeito da cidade Ricardo. A avaliação política na cidade é que Ricardo precisa urgente se desvincular politicamente da mulher, que já comunicou que não vai à reeleição, para não perder o prestigio que lhe resta.

Disputa

Apesar de fazer pouco caso para fora, interlocutores políticos garantem que o PCdoB não abre mão de ter Olívia Santana na vice de Geraldo Júnior. Olívia leva vantagem por ter base eleitoral na cidade e ter sido a deputada estadual mais votada, diferente da secretária Faby Reis, que dialoga melhor com o interior.

Emancipado

O levantamento recente da Paraná Pesquisas serviu como prova cabal da emancipação do prefeito de Salvador, Bruno Reis, com relação ao seu padrinho político, o ex-prefeito ACM Neto. A pesquisa mostrou que ele lidera o levantamento espontâneo com 19,6%, tendo o aliado, o ex-prefeito ACM Neto (União), como o segundo mais citado, com 7,6%.