O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto (PT), afirmou que não há uma intenção de sabotar os trabalhos da CPI da Coelba.
Uma fonte da Casa havia procurado o OFF News para apontar que a escolha de parlamentares que não assinaram o requerimento de criação da CPI para composição do colegiado seria um indicativo de uma possível estratégia para coibir os avanços na investigação.
Ao OFF News, Rosemberg deixou claro que ter assinado o requerimento de criação não é pré-requisito para composição da comissão.
“Assinar o requerimento não é pré-requisito para participar da comissão, ou seja, não condicionante regimentalmente, não há nenhuma proibição com relação a isso. Indicamos respeitando as relações de partidos e de bancadas. Como Tum [autor do requerimento] era da bancada de Oposição, o partido [PSC] dele está localizado na Oposição, e a Oposição não o indicou, eu pedi ao PT que tivesse a generosidade de liberar uma vaga para que pudesse colocar o deputado Tum; assim aconteceu e estamos indicando Tum. Do ponto de vista da base, foi consenso [as indicações], não há dissenso aqui. Eu poderia ter usado o regimento para tomar uma decisão solitária, mas não fiz assim, reunir lideres da bancada e partidos e fizemos de forma consensual na indicação”, destacou o líder do governo.
A comissão, que estava prevista para ser instalada nesta terça-feira (23), não ocorreu, segundo o líder da Oposição, pelo fato da Oposição não ter ainda encaminhados o nome dos seus indicados para publicação: “não instalamos hoje, porque a Oposição, no que pese ter indicado os nomes para imprensa, não o fez para Casa, regimentalmente precisa encaminhar para Casa e as indicações serem publicada no Diário oficial. Como não aconteceu, espero que a Oposição indique até segunda-feira (29), sugerimos uma nova reunião de implantação da comissão na terça”.
O parlamentar do PT negou que haja qualquer acordo para Vitor Bonfim (PL) presidir o colegiado e Tum (PSC) ser o relator.
“Não tem nenhum acordo, em momento algum participei de qualquer discussão que acordasse nomes. Regimentalmente, instala-se a comissão, e, com a comissão aprovado, escolhe-se o presidente e o relator. Não temos nome, há uma reivindicações dos deputados Tum, para relatoria da comissão, e uma reivindicação do deputado Vitor, para presidência da comissão; são reinvidicação, não debatemos isso, e quem decide isso não é o líder do governo, quem decide isso são deputados depois da instalação da CPI”, explicou Rosemberg.
O líder do governo negou que seja autor do pedido de reunião entre parlamentares e a Coelba, a portas fechadas, ventilada dias antes como estratégia para que comissão não fosse instalada.
Ele explica que o que ocorreu fui um pedido de reunião por parte da Coelba, que não ocorreu por força de uma viagem do presidente Adolfo Menezes a Brasília.
“O que ocorreu não foi isso. A Coelba esteve aqui, pediu uma reunião com o presidente da Casa, comigo, e aconteceu há uns 15 dias. Ela gostaria de conversa com os deputados indistintamente, nós não tratamos de CPI, o presidente da Casa disponibilizou o plenarinho para um espécie de audiência, onde teria acesso todos deputado que quisessem e também interessados, mesmo que não fossem deputados, seria no plenário, e chegou a ser marcada; porém, no dia que aconteceria a reunião, era uma quarta feira, o presidente teve que ir a Brasília e achamos que não era prudente fazer reunião sem presença presidente, e por isso a reunião foi suspensa. Andaram falando, e quem falou está mentindo, que havia pretenções não sei de que parte, de reuniões a portas fechadas, eu desconheço essa reunião, eu não concordaria de fazer reunião com ninguém, muito menos Coelba de porta fechada com um ou outro deputado, ninguém nunca tratou disso comigo. Ou é criação da imaginação, ou alguém querendo se notabilizar com essa situação”, destacou Rosemberg Pinto.
Questionado se ele teria interesse pela não efetivação da CPI que irá investigar o serviço público de energia pela concessionária Coelba, o político afirmou: “muito pelo contrário, essa CPI só existe porque eu e Sandro Régis liberamos as duas bancadas para assinar o requerimento, a maioria dos deputados do governo perguntaram a mim se poderia assinar, como certamente os da Oposição perguntaram ao Sandro. Foi coisa de comum acordo público, isso não foi algo às escondidas. Como líder do governo, e Sandro líder oposição, tomamos uma decisão de liberar as duas bancadas para ter a chance do número, garantíssemos o número mínimo para instalação comissão”.
A CPI da Coelba é composta por:
Indicados Governo:
Antonio Henrique (PP)
Fabrício Falcão (PCdoB)Publicidade
Eduardo Sales (PP)
Diego Coronel (PSD)
Alex Lima (PSB)
Jusmari (PSD)
Tum (PSC)
Osni (PT)
Victor Bonfim (PL)
Indicados Oposição:
Tiago Correia (PSDB)
Carlos Geílson (PSDB)
Luciano Simões (DEM)
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