O deputado estadual e médico ortopedista, Alan Sanches (DEM), defende que uma eventual decisão acerca da realização do Carnaval só seja adotada quando houver garantia de 100% de segurança sanitária.
O parlamentar, que já havia reclamado da posição tirânica do governador da Bahia, mudou de opinião e agora prega cautela com relação a uma decisão sobre o festejo, como faz o governador da Bahia, Rui Costa.
O repique da segunda onda em vários países e o fato do Brasil ainda não ter 80% da população vacinada com as duas doses são levadas em conta pelo parlamentar do DEM.
Alan Sanches explica que um evento que atrai milhares de pessoas de todo mundo, só possa ocorrer em fevereiro se existir 100% de segurança sanitária na capital baiana.
Na manhã desta terça-feira (16), o governador da Bahia, ao ser questionado sobre o Carnaval, disse que não irá adotar uma medida que depois não o deixará dormir tranquilo.
Entidades e organizações ligadas ao Carnaval reclamam que um eventual atraso na divulgação do festejo deverá ter impacto na viabilização dos negócios, entre blocos e camarotes.
Segundo o democrata, é muito precoce se pensar no assunto sem toda população ter tomado todas as doses da vacina.
“Afinal, estamos falando de uma festa que é considerada a maior do planeta e não teremos esse controle total de quem está vacinado, sendo que sequer na capital conseguimos atingir o público total. Então, considero temerário para este momento”, alertou, complementando que se junto com ela “se vier com a mesma força uma nova onda da COVID-19 e suas variantes no pós pode ser devastadora”.
Nesse caso, conforme ele, é preciso fazer um acontecimento com total segurança: “embora saibamos que o entretenimento foi o primeiro a sofrer e o último a voltar com grandes e tem sofrido grandes prejuízos, também sabemos quantas vidas estão envolvidas nisso e não podemos descartar que para que volte tenhamos uma segurança epidemiológica e sanitária”, reforçou.
Ele não deixou de citar que o País contabiliza 611.384 mortes e 21.958.306 casos de coronavírus desde o início da pandemia e que na última semana completou uma média móvel de 250 vítimas diárias de coronavírus. “Na Bahia, o número de mortos é de 27.177 mortes e 1.252.345 casos ativos”, concluiu.
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