O deputado estadual Jacó (PT) indicou à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia que seja instalada uma placa indicativa no local onde nasceu o guerrilheiro Carlos Maringhella, em Salvador.
Fundador da Ação Libertadora Nacional, o guerrilheiro foi morto em emboscada feita por agentes da ditadura na noite de 4 de novembro de 1969, quando foi surpreendido por agentes na alameda Casa Branca, na capital paulista, sendo morto a tiros por agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos mais sanguinários agentes da repressão.
Carlos Maringhella escreveu vários livros, mas o mais lido foi o “Manual de Guerrilheiro Urbano”, obra tática de sobrevivência e ataque utilizado por membros de diversas correntes revolucionárias que lutavam contra os militares.
Maringhella atingiu o apogeu da fama após membros da Ação Libertadora Nacional (ALN) invadir à Rádio Nacional e transmitir em cadeia nacional uma convocação construída por ele para classe trabalhadora se mobilizar contra o regime.
No dia 15 de agosto de 1969 a Ação Libertadora Nacional (ALN), organização criada pelo guerrilheiro Carlos Marighella, realizou uma audaciosa operação na cidade de São Paulo.
“Atenção, muita atenção! Senhoras e senhores: tomamos esta emissora para transmitir a todo o povo uma mensagem de Carlos Marighella”. Com essa abertura, os ouvintes da Rádio Nacional paulista, afiliada da Rede Globo, foram alertados sobre o conteúdo que seria transmitido a seguir, por volta das 08h30 daquela sexta-feira, cujo sinal alcançaria o raio de 600 km nesse horário, conforme registrou o jornalista Mário Magalhães no livro “Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo”.
“Indiquei à Mesa Diretora, a instalação de uma placa indicativa na ladeira da Soledade, na Lapinha, local onde nasceu Carlos Marighella e a inclusão no roteiro turístico cultural da Bahia, para uma justa homenagem a este bravo lutador pela democracia que tanto nos orgulha”, ressaltou Jacó em uma rede social.
Exaltado como herói pela esquerda, Marighela é tido como um terrorista pela direita. Organizou sequestros e pesa sobre ele indícios de arquitetura, ordens e participação em ataques que terminaram com a morte de soldados.