Partidos políticos, movimentos sociais e entidades de classe vão às ruas cobrar vacinação em massa e a saída de Bolsonaro

Fora Bolsonaro

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Milhares de pessoas caminham pelas ruas do Centro de Salvador em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A manifestação é parte do quarto dia nacional de luta pelo ‘Fora Bolsonaro’, convocado por entidades sindicais, estudantis, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda.

O quarto ato Fora Bolsonaro em Salvador é contra a corrupção do governo na compra das vacinas, revelada na CPI da Pandemia, a falta de um planejamento de vacinação e a má distribuição dos imunizantes, o genocídio e a favor do impeachment de Bolsonaro.

A mobilização, que é nacional, também reivindica por emprego, auxílio emergencial de R$ 600, e mais vacinas contra a Covid-19, que matou quase 550 mil vidas no Brasil. O ato de hoje é numa sequência das grandes manifestações em todo o Brasil, realizadas nos dias 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.

Os atos acontecem em mais de 400 cidades do país .Na Bahia, além de Salvador, serão realizados protestos em outras 22 cidades: Alagoinhas, Amargosa, Barra, Barreiras, Cachoeira, Cruz das Almas, Eunápolis, Guanambi, Feira de Santana, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itapetininga, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Porto Seguro, Ribeira do Pombal, Santa Cruz Cabrália, Santa Inês, Santo Antonio de Jesus e Serrinha.

Como um dos organizadores, o PT SALVADOR destacou a importância e ampliação do ato. “Salvador mostra mais uma vez que é contra esse governo genocida, corrupto, por vacinação, empregos, saúde, educação e segurança, direitos, pela democracia. As ruas da cidade seguem dando o seu recado, Fora Bolsonaro”, destacou o presidente municipal da sigla, Ademário Costa.

Protesto

O protesto teve inicio no Campo Grande. Por volta das 10h30, os manifestantes saíram em caminhada em direção à Praça Municipal. “Estamos novamente nas ruas exigindo a saída desse presidente genocida, autoritário e corrupto. Chega negacionismo e de mortes. Chega de corrupção e de ameaças golpistas. É necessário que esse movimento cresça e avance para uma grande greve geral. É preciso parar o país. As Centrais Sindicais precisam assumir essa tarefa”, diz Matheus Araújo, representante da Central Sindical e Popular (CSP) – Conlutas.

De acordo com a Frente Nacional Fora Bolsonaro, que coordena as manifestações, estão agendas atos em 460 cidades brasileiras. Também, estão agendados atos em outros 17 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, México, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça.

Na caminhada, os manifestantes erguem cartazes pedindo a saída do presidente, defendendo mais vacinas, comida, emprego e a defesa dos serviços públicos. “Hoje os serviços públicos estão sendo ameaçados por uma proposta de reforma administrativa, a PEC 32, que reduz o dever do Estado em garantir políticas públicas à população. Sem contar, que levará ao aparelhamento político da administração pública e à corrupção, com o fim da estabilidade e dos concursos públicos. É um verdadeiro desmonte. Por isso, também estamos nas ruas para barrar esta reforma”, destaca Fernanda Rosa, diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (SINDJUFE-BA).

Manifestação artística mostrava a importância da vacinação contra Covid-19 / Divulgação

Outras categorias de trabalhadores estão presentes na manifestação, como os trabalhadores dos Correios, que erguem faixas e cartazes contra a privatização desta estatal. Estudantes reivindicam melhorias na educação. Movimentos ligados ao tema racial denunciam o racismo e o genocídio do povo negro.

“A violência tem cor e tem rosto para a grande maioria da população brasileira. E isso não é por acaso. Temos um projeto de nação construído historicamente que, alicerçado no racismo e em outras formas de discriminação, fez com que nossa percepção de violência fosse extremamente limitada e vinculada explicitamente a um indivíduo determinado: o jovem negro. Isso precisa mudar, é necessário construir um outro modelo de sociedade e nação, para que os jovens pobres e negros no Brasil possam realmente ter sua juventude conquistada. Estamos nas ruas lutando por isso”, ressalta Vander Bispo, ativista do Movimento Aquilombar.

Com cartazes e palavras de ordem, manifestantes cobravam mais vacinas, auxílio emergencial e o fim do governo do presidente Jair Bolsonaro

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