Presente no Conselho de Ética para fazer sua defesa de forma presencial, na manhã desta quarta-feira (7), o deputado estadual Capitão Alden (PSL) voltou a se desculpar, a dizer que não tinha o objetivo de ofender ninguém e afirmou que só pelo fato de não citar nomes na crítica que fez aos parlamentares da Oposição, de que receberiam mesada de R$ 1.6 milhão da Prefeitura de Salvador, sob gestão de Bruno Reis (DEM), já seria motivo para arquivar seu processo.
“Jamais tive a intenção de ofender, atingir a imagem, a honra de qualquer colega dessa casa. Me retratei em diversas oportunidades. Fiz criticas genéricas sobre o contesto da política Baiana e do Brasil. Todos conhecem minha postura profissional, apesar das divergências políticas, sempre passei meu mandato de forma equilibrada e respeitosa. Reitero o pedido de desculpas a todos, extensivo a parte da imprensa e geral. Um fato isolado não pode ser motivo, com todo respeito, de revanchismo político ou ideológico. Primeiro me retratei, e recebi a penalidade de advertência no dia 28 de abril de 2021, pelo presidente, em momento oportuno logo após o fato”, lembrou Alden.
O parlamentar do PSL afirmou que sofreu uma série de ataques no processo, e que ele achou por bem não rebater. Alden disse que jamais atacou a saiu do campo político para o pessoal, entretanto, pontuou que se caso tenha feito, foi sem querer e novamente pediu desculpa.
“Tenho plena certeza do bom senso, discernimento jurídico e político de todos que fazem parte desse colegiado. Nunca me postei de forma desonrosa ou inadequada. Mesmo resguardado pela imunidade, procuro debater ideias, fundamentado pluralismo político. Não houve superação dos limites da liberdade de expressão. Não há nomes, motivo suficiente para afastar qualquer possibilidade de punição. Salubridade financeira do estado”, destacou o deputado estadual e membro da PM.
Após pedir bom senso dos colegas, Alden sugeriu que fosse rejeitada ação ou arquivado o processo.
O advogado de Alden alega que Capitão Alden foi informado do processo pela imprensa, que os parlamentares da mesa não estavam presente na sessão, e que os atos de Alden não podem ser considerados como capaz de “afetar a respeitabilidade e dignidade do parlamento baiano. Ele aponta vícios no processo e pede o arquivamento e alega: “ausência de oportunidade para defesa preliminar”.
“A Mesa Diretora se reuniu sem nenhum ato de publicação, nem sequer o representado soube disso”, afirmou o advogado de Alden.
O presidente do Conselho, Marquinhos Viana (PSB), garantiu ao OFF News que todos os atos foram amplamente divulgados e que o deputado estadual do PSL foi comunicado de forma formal, pela Casa, e até pelo seu celular, via aplicativo de mensageria.